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Guiné-Bissau: Partidos realizam comício apesar de proibição

Lusa
28 de janeiro de 2024

Na Guiné-Bissau, PRS e APU-PDGB realizaram um comício no interior do país, apesar de o Governo ter probido, por decreto, este tipo de ação política no país. Os dois partidos integram o Governo de iniciativa presidencial.

PRS foi um dos partidos que convocou o comício no sábadoFoto: DW/B. Darame

Os partidos da Renovação Social (PRS) e Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) realizaram, no sábado (27.01), um comício popular em Bissorã, apesar de este tipo de ações políticas estarem proibidas pelo Governo.

No dia 15 de janeiro, o Ministério do Interior e Ordem Pública anunciou a proibição de qualquer manifestação pública ou comício político em todo o território nacional e por um período indeterminado.

A medida, anunciada pelo Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública (POP), Salvador Soares, tem como base a situação de segurança no país que o Ministério do Interior considera atualmente precária.

Comício sem interrupção

Este sábado, em Bissorã (norte), o PRS e a APU-PDGB realizaram um comício popular com milhares de pessoas, sem que tenham sido importunados pela polícia.

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Os dois partidos integram o Governo de iniciativa presidencial, entretanto, instituído pelo chefe de Estado guineense, de quem o líder da APU-PDGB, Nuno Nabiam, é conselheiro especial com regalias de primeiro-ministro.

Manifestação proibida

A polícia guineense proibiu, no entanto, no dia 18, uma manifestação pacífica convocada pela Plataforma Aliança Inclusiva (PAI -- Terra Ranka), vencedora das eleições legislativas de junho passado, evocando a interdição de aglomerações públicas de pessoas.

A manifestação deveria ter lugar em Bissau para a PAI- Terra Ranka protestar contra a decisão do Presidente Umaro Sissoco Embaló de dissolver o Parlamento em dezembro e demitir o Governo que tinha sido eleito em junho.

A PAI-Terra Ranka tem protestado contra a dissolução do Parlamento e a queda do seu Governo, por considerar que são medidas inconstitucionais.

A Constituição guineense veda a dissolução do Parlamento 12 meses depois das eleições legislativas.

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