1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Guiné-Bissau: PGR convoca sete juízes do Supremo Tribunal

Lusa | bd
26 de junho de 2020

Sete dos 11 juízes conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau serão ouvidos pelo Ministério Público na próxima segunda-feira sobre plenária cancelada. É uma "convocatória inédita".

Guinea-Bissau | Oberster Gerichtshof: Richter
Juízes do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-BissauFoto: DW/B. Darame

A Procuradoria-Geral da República da Guiné-Bissau notificou para uma audição, no próximo dia 29, sete juízes do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para que esclareçam os contornos da sua última sessão plenária, avançou esta sexta-feira (26.06) uma fonte judicial.

Segundo a mesma fonte, citada pela agência Lusa, foram convocados, através de uma nota do Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, dirigida ao Conselho Superior da Magistratura Judicial, os juízes-conselheiros do STJ Rui Nené, Fernando Té, Juca Nancassa, Lima André, Ladislau Embassa, Osíris Pina e Mamadu Saido Baldé.

A fonte frisou que a posição sobre se os juízes em causa irão ou não responder à convocatória só será conhecida na reunião do Conselho Superior da Magistratura Judicial, ainda sem data marcada.

O que está em causa

Uma sessão plenária do STJ acabou abortada, no passado dia 17 de junho, quando em cima da mesa estava a apreciação do contencioso eleitoral interposto naquela instância por Domingos Simões Pereira, candidato declarado pela Comissão Eleitoral como tendo sido derrotado nas presidenciais de dezembro de 2019.

Fernando Gomes, novo Procurador-Geral da Guiné-BissauFoto: DW/B. Darame

Seis dos sete juízes agora convocados para comparecerem na Procuradoria acusaram, na altura, o vice-presidente do órgão, Rui Nené, de ter inviabilizado a sessão ao se recusar a prosseguir com os trabalhos, por ter abandonado a sala da plenária.

"Perante a situação, o plenário ficou inviabilizado, porque trata-se de um órgão colegial que só pode funcionar presidido pelo presidente ou vice-presidente. Consequentemente, a apreciação do projeto do acórdão previamente distribuído aos juízes conselheiros fica abortada", refere uma ata da reunião divulgada à imprensa na altura.

Convocatória inédita

Na ausência do presidente, Paulo Sanhá, atualmente em tratamento médico em Portugal, Rui Nené é quem dirige o Supremo Tribunal de Justiça, que na Guiné-Bissau também desempenha as competências de tribunal eleitoral.

A fonte judicial disse à Lusa tratar-se de "uma convocatória inédita" na Guiné-Bissau, com os juízes do Supremo Tribunal chamados a depor na Procuradoria-Geral da República.

Em várias ocasiões, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, acusou os juízes do Supremo de serem "corruptos e bandidos", assegurando que essa situação vai acabar.

Idriça Djaló: "Ameaças? Se me quiserem matar, não falhem"

02:22

This browser does not support the video element.

Saltar a secção Mais sobre este tema