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Guiné-Bissau prolonga estado de alerta

25 de junho de 2021

Governo da Guiné-Bissau decreta prolongamento do estado de alerta à saúde pública por mais 15 dias, devido ao aumento de casos de Covid-19 e novos internamentos. Capacidade de cumprir medida é considerada "inexistente".

Guinea-Bissau I Präsident  wird gegen Covid-19 geimpft
Foto: Braima Darame/DW

Com início a partir desta quinta-feira (24.06), as autoridades guineenses decidiram manter as medidas restritivas, por mais 15 dias, para tentar travar a terceira vaga da pandemia de Covid-19, que está a assolar vários países da África Ocidental.

Segundo um decreto presidencial na posse da DW África, os dados epidemiológicos apontam para a crescente número de novos casos de Covid-19 na Guiné-Bissau nas últimas quatro semanas, com aumento da taxa de positividade e um aumento de número de pessoas infetadas internadas.

O diploma revela que a capacidade para fazer cumprir as normas por parte das autoridades policiais "continua baixa, senão inexistente". E diz que "a falta de preparação e vontade demonstradas pelas autoridades até agora permitiram e permitem um desleixo enorme por parte da população". 

Guineenses não cumprem medidas

"A falta de consciência dos riscos e até de aceitação da existência de Covid-19 no país, amplificada pela desinformação, tem determinado a atitude dos cidadãos no que tem a ver com o cumprimento de medidas", lê-se no decreto que renova o estado de alerta e aponta para a necessidade de proceder controlo do cumprimento das medidas decretadas.

As autoridades sanitárias alertam ainda que é necessário levar em conta o aumento de casos em Portugal, ponto de contacto fundamento da Guiné-Bissau com o exterior, bem como o facto de a África Ocidental estar assolada com uma terceira vaga de pandemia.

O estado de Alerta mantém, entre outras medidas, as fronteiras abertas, estado entradas no território guineense sujeitas a controlo sanitário como definido pelo Alto Comissariado para a Covid-19. O viajante deve apresentar um teste PCR negativo para o vírus SARS-CoV-2, emitido por um laboratório credenciado e obtido até cinco dias antes do início da viagem.

 A circulação por transporte público de passageiros é condicionada ao uso de máscaras por todos os utentes, incluindo, o motorista, ajudante e os passageiros, durante todo o período de transporte. E devem manter as janelas sempre abertas.

O estado de alerta vai vigorar durante 15 dias, até 08 de julho, e depois a situação será avaliada, tendo em conta a evolução da doença no país.

Em maio, as autoridades guineenses baixaram o nível de prevenção, que passou de estado de calamidade para alerta devido aos poucos casos de covid-19 que estavam a ser registados no país.

Desde que foram detetados os primeiros casos de covid-19 no país, em março de 2020, a Guiné-Bissau regista um total acumulado de 3.844 casos e 69 vítimas mortais.

Guiné-Bissau: Vacinação contra a Covid-19 com greve na Saúde

02:22

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