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Guiné-Bissau: PRS contra atual configuração da CNE

Lusa
1 de outubro de 2022

O presidente em exercício do Partido da Renovação Social (PRS), Fernando Dias, disse que o seu partido se recusa a participar em eleições com a atual configuração da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Nationale Wahlkommission in Guinea-Bissau
Foto: DW/I. Dansó

Fernando Dias afirmou que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) "não tem capacidade para funcionar" com a saída do presidente eleito do órgão, José Pedro Sambu, que passou a chefiar o Supremo Tribunal de Justiça e ainda a "ida" de um secretário-executivo adjunto para o Tribunal de Contas.

"A estrutura da CNE foi desmontada, é preciso reformatar a CNE para irmos às eleições na tranquilidade e total segurança eleitoral para todos. Caso contrário nós não vamos às eleições com uma CNE sem os seus órgãos completos", observou Fernando Dias.

O presidente em exercício do PRS salientou que a fórmula para resolver o problema reside no diálogo entre os partidos políticos, nomeadamente os cinco que tinham assento no parlamento dissolvido pelo chefe de Estado em maio passado.

Florentino Mendes Pereira é o candidato do PRS às legislativas antecipadas de 18 de dezembroFoto: DW/F. Tchumá

Consenso político

Fernando Dias lembrou que a lei guineense reserva "com caráter de exclusividade" à plenária do parlamento a escolha de dirigentes da CNE, e com a dissolução do órgão "já não é possível ir por esse caminho".

"O caminho aqui é chamar os partidos, neste caso, aqueles com a representação parlamentar para arranjar um consenso político", afirmou Dias, que sublinhou que o PRS não tem nenhuma indicação precisa sobre se as eleições terão lugar na data marcada pelo chefe de Estado, em 18 de dezembro.

Seja como for, disse Fernando Dias, o PRS está a preparar-se para ir à eleição na data marcada por Umaro Sissoco Embaló.

O presidente em exercício do PRS disse à Lusa que o seu partido "vai ganhar” as legislativas, por estar "de consciência tranquila e sem responsabilidades” na situação do país, que disse ser difícil, embora faça parte da coligação no Governo.

"O PRS tem os seus elementos no atual Governo de iniciativa presidencial, mas toda a gente sabe como esses dirigentes do partido entraram para o Governo. O PRS não tem nenhuma responsabilidade pela situação atual do país e o povo guineense sabe disso”, destacou Fernando Dias.

Reflexões Africanas: As ameaças à democracia da Guiné-Bissau

05:14

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