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Guiné-Bissau: Vacinação anti-covid avança muito lentamente

Iancuba Dansó (Bissau)
3 de novembro de 2021

Cerca de 30 mil pessoas-alvo foram vacinadas na Guiné-Bissau, na campanha nacional de vacinação contra a Covid-19. A população ainda hesita em inocular-se.

Guinea-Bissau | Lieferung von Covid-19 Impfstoff
Foto: Iancuba Dansó/DW

O processo de vacinação teve início em abril passado na Guiné-Bissau, mas poucos dos dois milhões de habitantes se disponibilizaram para ser inoculados. Nos últimos tempos, o Alto Comissariado para a Covid-19 intensificou a sensibilização da população. No passado dia 25 de outubro, a entidade lançou uma a campanha nacional de vacinação contra a pandemia.

Pessoas com mais de 18 anos estão a receber doses da Sinopharm, AstraZeneca e Janssen. Em 31 de outubro, expirou prazo de validade de 26 mil doses de AstraZeneca. Mas o Alto Comissariado para a Covid-19 garantiu que 21 mil doses foram utilizadas antes da expiração.

Campanha de esclarecimento da população

Com mais de uma centena de mortes desde que a pandemia foi declarada no país, o secretário do Alto Comissariado, Plácido Cardoso, disse que ainda é cedo para considerar que a doença está sob controle. E prometeu:

"Vamos continuar a fazer o trabalho de despistagem, reforçar as nossas atividades de sensibilização e de prevenção, e, sobretudo, apelar para que as pessoas se vacinem". O responsável lembrou que quanto mais pessoas se vacinarem, melhor são as perspetivas de criar uma imunidade coletiva.

A população hesita em deixar-se vacinar Foto: Iancuba Dansó/DW

Na passada segunda-feira (01.11), foi lançada, em Bissau, a emissão do Certificado Digital de Vacinação contra a Covid-19. A alta comissária para o combate à doença, no país, Magda Robalo, espera que o certificado seja reconhecido a nível internacional:

"É natural, como devem perceber, que há um trabalho de diplomacia a fazer para que os certificados das vacinas utilizadas em diferentes países possam ser aceites noutros países", disse.

Críticas à abertura prematura da vida pública

A Guiné-Bissau está, atualmente, em estado de alerta, o que permite a abertura de discotecas e bares, assim como a realização de atividades políticas e culturais.

Para o médico Hedwis Martins, a decisão das autoridades é errada: "Não devíamos libertar todas as medidas de precaução da Covid-19 sem ter um certo número de pessoas vacinadas. A Guiné-Bissau ainda está aquém das expectativas em relação à vacinação das populações".

O médico critica a abertura de bares e discotecas, e avisa: "Certamente que as medidas de higienização das mãos, o distanciamento físico e o uso das máscaras não vão ser respeitadas", dificultando o combate à pandemia no país.

 

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