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SaúdeGuiné-Conacri

Guiné-Conacri declara fim do surto de Ébola

Reuters | tm
19 de junho de 2021

Um surto de Ébola que começou no sudeste da Guiné-Conacri em fevereiro, infetando 16 pessoas e matando 12, foi declarado terminado, avançaram hoje (19.06) o Ministério da Saúde do país e a OMS.

Afrika Ebola in Liberia (Symbolbild)
Um trabalhador da saúde na linha de frente do combate ao Ébola (foto de arquivo). Foto: Z. Dosso/AFP/Getty Images

"Declaro solenemente o fim do surto de Ébola na Guiné-Conacri", avançou o Ministro da Saúde do país, Remy Lamah, numa conferência de imprensa na capital, Conacri, conduzindo a aplausos de trabalhadores da saúde que assistem praticamente a partir do epicentro do surto, em Nzerekore.

As autoridades de saúde conseguiram agir rapidamente para combater o ressurgimento do vírus, que causa hemorragias graves e falência de órgãos e se propaga através do contacto com fluidos corporais, após lições aprendidas com surtos anteriores na Guiné-Conacri e na República Democrática do Congo (RDC).

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus (foto de arquivo).Foto: Zhang Cheng/imago images

"Lições aprendidas"

"Com base nas lições aprendidas com o surto de 2014-2016, e através de esforços de respostas rápidas e coordenadas [...], a Guiné-Conacri conseguiu controlar o surto e impedir a sua propagação para além das suas fronteiras", disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa declaração.

O surto de Ébola em 2014-2016 matou 11.300 pessoas, principalmente na Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria.

A OMS ajudou a enviar cerca de 24 mil doses de vacina contra o Ébola que ajudaram a inocular quase 11 mil pessoas na região, incluindo mais de 2.800 trabalhadores da linha da frente da saúde.

"Embora este surto de Ébola se tenha propagado na mesma zona da África Ocidental [...] graças às inovações e lições aprendidas, a Guiné-Conacri conseguiu conter o vírus em quatro meses", disse Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para África. 

"Estamos mais eficientes e melhor preparados na luta contra o Ébola", concluiu. 

O Congo volta a lutar contra o pesadelo do Ébola

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