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PolíticaGuiné-Conacri

Guiné-Conacri: Junta militar anuncia transição de três anos

DPA | cm
1 de maio de 2022

O líder da junta militar, que tomou o poder na Guiné-Conacri no ano passado, anunciou que o país voltará ao regime civil em três anos, após uma transição de 39 meses.

Mamady Doumbouya
Mamady Doumbouya Foto: Xinhua/imago images

Num discurso na televisão estatal, o coronel Mamady Doumbouya anunciou que a transição para o governo civil será feita em um período de 39 meses, uma "proposta mediana" após "consultas realizadas em todos os níveis".

A declaração acontece um dia após a divulgação de um relatório na sequência das chamadas "Conferências Nacionais", reuniões que buscavam opinião pública sobre várias questões, incluindo a duração da transição, reconciliação nacional e crimes políticos.

Essas reuniões foram, no entanto, boicotadas pelos principais partidos políticos, incluindo o do presidente deposto, Alpha Condé.

Pressão da CEDEAO

Nos últimos meses, a junta militar esteve sob pressão da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para estabelecer um calendário para a transição para o regime civil.

Segundo Doumbouya, a proposta será passada ao Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão provisório de tomada de decisões criado na sequência do golpe de Estado.

A Frente Nacional para a Defesa da Constituição (FNDC), uma coligação de partidos políticos e da sociedade civil condenou o plano.

"A Coordenação Nacional do FNDC lembra [a Doumbouya] que é inadmissível, inconcebível e inaceitável que o Conselho Nacional de Transição subscreva esta proposta da junta, que não tem base legal", afirmou numa declaração.

O coronel Doumbouya derrubou o antigo Presidente Alpha Condé num golpe de Estado a 05 de setembro e foi depois empossado como presidente por um período de transição naquele país da África Ocidental, que faz fronteira com a Guiné-Bissau.

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