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Guineenses olham com cautela para Agência de Emprego Jovem

Iancuba Dansó (Bissau)
29 de janeiro de 2020

Governo guineense inaugurou há uma semana a Agência Nacional de Emprego Jovem, para facilitar o acesso ao mercado de trabalho. Jovens ouvidos pela DW louvam a iniciativa, mas preferem esperar para ver resultados.

Foto: DW/I. Dansó

Vários estudantes ouvidos pela DW África aplaudem a inauguração da Agência Nacional de Emprego Jovem (ANEJ), na quarta-feira passada (22.01). Mas esperam agora medidas concretas: "Que não seja apenas uma coisa da política, que seja uma coisa realista, implementada, e tenha efeitos nos jovens", pede um estudante universitário.

Para garantir resultados no terreno, outro estudante recomenda ao Governo que trabalhe "em colaboração com as estruturas juvenis, envolvendo os jovens, porque é um centro para os jovens e os jovens devem apropriar-se do centro".

Reduzir o desemprego

Não há números atualizados sobre o desemprego jovem na Guiné-Bissau. Em 2010 rondava os 30%. Uma década depois, e após várias crises políticas, teme-se que a percentagem tenha aumentado.

No país, faltam oportunidades de emprego e de formação. Mas, com a inauguração da ANEJ, a presidente do Conselho Nacional da Juventude da Guiné-Bissau, Aissatu Forbs Djaló, espera mudanças.

Guineenses olham com cautela para Agência de Emprego Jovem

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"Espero que a Agência Nacional de Emprego Jovem consiga fazer o seu trabalho, que consiga reduzir o desemprego jovem e fazer o mapeamento dos jovens que estão em situação de desemprego, para que o Governo crie políticas públicas que consigam reduzir o desemprego", diz Djaló.

Ao mesmo tempo, a responsável pede ao Executivo que não esqueça os parceiros de desenvolvimento e trabalhe com eles, "para que a questão do desemprego jovem seja vista como uma questão importante [no] país".

Expetativas

As expetativas são grandes em relação à nova agência. Mas o diretor-geral da ANEJ, Júlio Bíquer, esclarece que o objetivo do organismo é facilitar o emprego - e não criar postos de trabalho.

"Não é emprego garantido, porque algumas pessoas pensam que o Estado é que dá emprego", afirma Bíquer. "O Estado cria condições para que haja emprego. Esta agência vem, neste sentido, criar um ambiente favorável para que haja emprego para os jovens, para que sejam integrados no mercado de trabalho, que vai desde a formação à promoção das atividades extraescolares, que são muito interessantes para o mercado de trabalho, fazendo também o anúncio de vagas para o emprego, disponíveis no país."

Segundo a estimativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 64% da população guineense são jovens.

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