Hansi Flick vai deixar de treinar o Bayern Munique
com agências | bd
17 de abril de 2021
Hansi Flick, treinador do Bayern de Munique, anunciou este sábado (17.04) a intenção de deixar o clube bávaro, campeão alemão, europeu e mundial de futebol, após o final desta época.
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Em declarações ao canal Sky, após a vitória por 3-2 sobre o Wolfsburgo, Flick adiantou que informou o clube da intenção e que também deu conta ao plantel do seu desejo de sair.
"Anunciei à equipa que informei o clube, esta semana, da intenção de terminar o contrato no final da época. Não foi uma decisão fácil para mim", disse o técnico, que tem contrato até 2023.
Questionado sobre o possível futuro como selecionador da Alemanha, assegurou que nada ainda está decidido.
"É a minha decisão, tomada após uma reflexão amadurecida. As razões, expliquei-as internamente, e isso vai ficar no foro interno", explicou Flick, que tem estado em litígio com Hasan Salihamidzic, diretor desportivo do Bayern, desde há algumas semanas.
Novo selecionador da Alemanha?
Quanto a eventuais contactos com Oliver Bierhoff, diretor da Federação Alemã de Futebol (DFB), no sentido de substituir Joachim Löw após o Euro2020, não confirmou o quadro: "O meu futuro não está ainda claro. Não houve conversas com Oliver Bierhoff".
"A equipa nacional é uma possibilidade que qualquer treinador deve evidentemente ter em consideração. Mas tenho de digerir isto antes, as últimas semanas não foram fáceis", acrescentou.
Flick tem estado sob forte pressão desde fevereiro, por, reiteradamente, se ter recusado a dizer se ia continuar no Bayern na próxima época, depois de ter sido público que Löw deixa mesmo a seleção.
O atual treinador dos bávaros, que na última época ganhou campeonato e a Taça na Alemanha, bem como a Liga dos Campeões e o Mundial de clubes, já foi adjunto de Löw na seleção, entre 2006 e 2014.
Quem irá substituir Joachim Löw no comando da seleção alemã?
Após quase 15 anos no comando da seleção alemã, Joachim Löw vai deixar o cargo em julho, no final do Campeonato Europeu. Quem irá suceder-lhe na Mannschaft? Jürgen Klopp? Hansi Flick? Silvia Neid? Candidatos não faltam.
Foto: Markus Gilliar/GES/picture alliance
Joachim Löw diz adeus à seleção alemã
O fim da era Joachim Löw na seleção de futebol da Alemanha está agendado. Será em julho deste ano, depois do Campeonato Europeu de Futebol. O treinador de 61 anos, que venceu o Campeonato do Mundo de 2014, no Brasil, despede-se da Mannschaft depois de 15 anos como selecionador e dois como adjunto.
Foto: Markus Gilliar/GES/picture alliance
Dois amigos, uma equipa técnica
Sempre foi boa a "química" entre Joachim Löw e Jürgen Klinsmann (à direita). E Klinsmann lembrou-se disso quando substituiu Rudi Völler como líder da equipa após a derrota da Alemanha no Campeonato Europeu de 2004. Klinsmann fez de Löw seu adjunto e juntos fizeram com que o Campeonato do Mundo de 2006 em casa se tornasse num "conto de fadas".
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Banhos de multidão
Em 2006, a Alemanha ficou em terceiro lugar no Campeonato do Mundo e o país vive uma euforia futebolística completamente nova. Löw, Klinsmann, o treinador de guarda-redes Andreas Köpke (à esquerda) e o diretor desportivo Oliver Bierhoff (à direita) são recebidos como heróis pela multidão de adeptos em Berlim. Com a saída de Klinsmann no final do torneio, Joachim Löw torna-se selecionador.
Foto: picture-alliance/dpa
Alemanha em terceiro no Mundial de 2010
No Campeonato do Mundo de 2010, na África do Sul, a equipa alemã surpreendeu com a sua espetacular ofensiva. Löw mostra que consegue lidar com jovens jogadores como Mesut Özil e integrá-los na equipa. Os espanhóis, então dominantes a nível internacional, travam a Mannschaft nas meias-finais. A Alemanha termina o torneio em terceiro lugar, tal como em 2006.
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Os heróis do Rio de Janeiro
Em 2014, a Alemanha venceu o Campeonato do Mundo no Rio de Janeiro com uma vitória por 1-0 frente à Argentina após o prolongamento. Antes, a equipa já tinha derrotado o anfitrião Brasil por 7-1 nas meias-finais - uma vitória histórica. Aos 54 anos, Löw estava no auge da sua carreira e foi eleito "Treinador do Ano 2014". Mas queria mais...
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Desgraça na Rússia
Em 2016, Löw volta a não conseguir vencer o Campeonato Europeu. A campeã mundial Alemanha foi derrotada nas semifinais com a França por 0-2. Em 2018, ainda tentou defender o título na Rússia, mas acabou por terminar a fase de grupos no último lugar do Grupo F, atrás da Suécia, México e Coreia do Sul. Pela primeira vez desde 1938, a Alemanha foi eliminada na fase inicial do Campeonato do Mundo.
Foto: Andreas Gebert/dpa/picture-alliance
Anúncio de uma demissão esperada
Seguiram-se várias derrotas e polémicas como o afastamento de figuras como Müller, Boateng e Hummels. A 9 de março deste ano, o treinador de 61 anos anunciou que, após o Campeonato Europeu, está de saída, apesar de ter contrato até 2022. "Löw deixou a sua marca no futebol alemão como poucos", disse a Federação Alemã de Futebol. Quem será o seu sucessor?
Foto: Marcelo Del Pozo/REUTERS
Jürgen Klopp
Em comparação com o reservado Löw, Jürgen Klopp representaria certamente uma mudança de estilo. Mas se a seleção alemã quiser seguir por um caminho diferente, porque não através de outro tipo de treinador? "Kloppo" ganhou a Premier League e a Champions League com o Liverpool, com quem tem contrato até 2024. Com a equipa atualmente em crise, poderá o treinador de 53 anos escolher um novo desafio?
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Hansi Flick
Se continuidade é o que se pretende, então Hansi Flick seria o homem ideal. O atual treinador do Bayern de Munique foi assistente de Löw durante 8 anos e desempenhou um papel fundamental no triunfo da Alemanha no Campeonato do Mundo de 2014, no Brasil. Flick é muito respeitado pelos seus jogadores, mas é pouco provável que o Bayern o deixe partir facilmente, mesmo que o treinador queira sair.
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Ralf Rangnick
O ex-diretor desportivo e treinador do RB Leipzig é considerado um pioneiro táctico. A sua competência é indiscutível e está atualmente desempregado. O fator decisivo seriam as condições, já que Rangnick, de 62 anos, gosta de tomar decisões sozinho e exige controlo total. No mínimo, Oliver Bierhoff, diretor desportivo da seleção da Alemanha, teria de ocupar um lugar secundário.
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Stefan Kuntz
O antigo avançado da Bundesliga Stefan Kuntz, de 58 anos, treina a equipa alemã de Sub-21 desde 2016, com a qual venceu o Campeonato Europeu um ano mais tarde. A opção de promover o campeão europeu de 1996 estará certamente em cima da mesa na Federação Alemã de Futebol (DFB), mesmo que não seja a primeira escolha.
Foto: picture-alliance/dpa/Revierfoto
Horst Hrubesch
Treinou os Sub-18, os Sub-19, os Sub-21, a equipa olímpica, a equipa feminina, foi diretor desportivo... o que é que Horst Hrubesch ainda não fez? O antigo avançado do Hamburgo (HSV), de 69 anos, tem sido frequentemente utilizado como "arma secreta" da Federação Alemã de Futebol (DFB) e sempre fez um bom trabalho. Atualmente, trabalha na direção das camadas jovens do HSV.
Foto: picture-alliance/dpa/R.Michael
Christian Streich
Pouco convencional, Christian Streich, de 55 anos, é visto por muitos como um "homem dos sete ofícios" e o seu nome é frequentememte mencionado quando se fala de potenciais sucessores de Joachim Löw. É o treinador principal do SC Freiburg desde 2012 e acabou de prolongar o seu contrato. Diz-se que tem tudo o que é preciso para ser selecionador nacional.
Foto: Imago Images/Sportfoto Rudel/H. Rudel
Lothar Matthäus
Ganhou a Taça do Mundo como jogador, então porque não também como selecionador? Lothar Matthäus, de 59 anos, tem dividido os adeptos de futebol da Alemanha desde sempre. Alguns consideram-no demasiado valorizado, outros veem-no como um perito em futebol que também teria sucesso como treinador da Bundesliga ou da seleção. Só há um problema: Matthäus já disse que não quer o cargo de selecionador...
Foto: I)mago/L. Perenyi
Silvia Neid
E que tal uma selecionadora? Silvia Neid ganhou o Campeonato do Mundo e o Campeonato Europeu de Futebol Feminino pela Alemanha e já foi eleita três vezes como treinadora do ano pela FIFA. A treinadora de 56 anos trabalha atualmente na Federação Alemã de Futebol (DFB) como chefe do departamento de novos talentos. Terá a DFB coragem para contratar uma mulher para liderar a "Mannschaft"?