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"Fundação Jonas Savimbi é a materialização de um sonho"

20 de junho de 2024

A Fundação Jonas Savimbi acaba de sair do papel. Filha do líder histórico da UNITA não esconde o seu orgulho. Helena Savimbi diz que "é uma organização apartidária e não-governamental".

Angola: Jonas Savimbi em dezembro de 1985
Foto: Getty Images/AFP/T. Samson

Depois de uma luta de dois anos, iniciada pelos filhos do líder fundador da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o Governo angolano legalizou finalmente a Fundação Jonas Savimbi.

Trata-se de uma instituição sem fins lucrativos e sem caráter político-partidário que irá apoiar pessoas com necessidades especiais e conceder bolsas de estudo a jovens desfavorecidos. O financiamento é assegurado por doações e bens da família, revelou em entrevista à DW Helena Savimbi, porta-voz da nova fundação e filha de Savimbi.

DW: O que significa para os mentores da fundação esta conquista?

Helena Savimbi (HS): A Fundação Jonas Malheiro Savimbi é a realização da vontade dos filhos, familiares e amigos do doutor Savimbi, o patrono da instituição.

DW: Trata-se portanto de uma instituição sem fins lucrativos e que não terá qualquer fim politico-partidário...

HS: O surgimento da Fundação Jonas Malheiro Savimbi não tem qualquer vínculo com o partido que o doutor Jonas Savimbi fundou, nem com o Estado angolano. Ela é uma organização apartidária e não-governamental. E isso está explícito no artigo 4 do estatuto da Fundação Jonas Malheiro Savimbi.

Deficientes em Cabinda (foto ilustrativa). A fundação também pretende apoiar deficientesFoto: Simão Lelo/DW

DW: Um dos objetivos da fundação é apoiar pessoas com necessidades especiais e jovens desfavorecidos. Já há projetos prontos a arrancar? E de onde vem o vosso financiamento?

HS: O próximo passo será pôr em andamento o processo de materialização dos objetivos e dos fins, a que a Fundação Jonas Malheiro Savimbi se propõe, conforme estabelecido no seu estatuto. O financiamento vai basear-se em duas ações: doações e bens da família, que incluem terrenos e outros bens, que são património da fundação.

DW: O que acha que diria o seu pai, Jonas Savimbi, desta fundação que finalmente sai do papel?

HS: Sobre o que o pai acharia, não posso imaginar o que lhe passaria pela cabeça face a esta nossa iniciativa. Mas tenho a certeza de que um dos objetivos da fundação - a promoção e criação de oportunidades para pessoas menos favorecidas - é algo que sempre fez parte do seu combate. Dito isto, acredito que, a materializar este propósito, estamos a contribuir para a realização de um dos seus sonhos.

Gostaria de agradecer em nome de todos, agradecer a todos que nos ajudaram no processo de legalização. Gostaria também de deixar aqui um apelo e um convite a todos que queiram participar na nossa fundação, pessoas singulares ou coletivas, a todos que se identificam com os valores do humanismo e da solidariedade.

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