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"Hoje é um dia de alegria e de unidade nacional"

Lusa
24 de setembro de 2024

Esta terça-feira, dia em que se celebra o 51.º aniversário da independência da Guiné-Bissau, Sissoco Embaló afirma que reafirmação do país no "concerto das nações" é o facto histórico mais notável das últimas décadas.

Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau
"Façamos deste dia um dia de festa, de reflexão e de comunhão", apelou o Presidente guineense no seu discurso à nação.Foto: Yelena Afonina/TASS/picture alliance

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, considerou, esta terça-feira (24.09), que "hoje é um dia de alegria, dia de unidade nacional, da conciliação entre todas as etnias, religiões e pessoas de todas as condições sociais".

"Façamos deste dia um dia de festa, de reflexão e de comunhão", apelou o Presidente guineense no seu discurso à nação, publicado, esta terça-feira, na sua página do Facebook, e que foi gravado dias antes de viajar para Nova Iorque, onde está a assistir à Assembleia Geral das Nações Unidas.

Sissoco Embaló considerou a reafirmação do país no "concerto das nações" como o facto histórico mais notável das últimas décadas.

"A plena reafirmação do Estado guineense no concerto das Nações é, sem dúvida, o facto histórico mais notável das últimas décadas. É este o contexto que continuará a marcar as celebrações do dia de aniversário da nossa independência, cujo ato central vai ter lugar no próximo dia 16 de novembro", afirmou o chefe de Estado.

As celebrações oficiais do dia da independência foram transferidas para 16 de novembro, data em que se assinala o 60.º aniversário da criação das Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP).

Independência "é um património inesgotável"

No seu discurso, o Presidente guineense assinalou que a independência do país "não é apenas uma conquista do passado, é um património inesgotável" dos cidadãos que lutaram e venceram a dominação estrangeira.

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Umaro Sissoco Embaló saudou os guineenses de todas as franjas sociais que "têm dado o seu máximo" pelo progresso económico, social e pela consolidação da soberania do país.

"Enfim, a independência nacional que hoje começamos a celebrar é um legado que se transmite à juventude guineense - a portadora do futuro que nós queremos ter", referiu.

O chefe de Estado guineense desafiou a juventude do país a assumir-se como "a geração de concreto", nomeadamente na consolidação do Estado de direito democrático.

Umaro Sissoco Embaló aproveitou a ocasião para também agradecer à comunidade internacional e organizações parceiras pelos apoios que têm dado ao país, bem como aos guineenses radicados no estrangeiro pela sua contribuição para a melhoria das condições na Guiné-Bissau.

"São nossos irmãos que, estando lá fora, na verdade, eles também estão cá dentro, como um só povo e uma só nação", vincou.

Tensão no país

O discurso do Presidente guineense acontece numa altura em que se assiste a uma escalada da tensão entre a classe política que o acusa de tentativa de "controlar todas as instituições do Estado" e partidos políticos.

Recentemente, forças policiais ocuparam novamente as instalações do parlamentoonde instalaram a 2.ª vice-presidente, Satu Camará, como a responsável principal do órgão,em "substituição" de Domingos Simões Pereira, presidente do órgão legislativo.

Partidários do Presidente acusam Simões Pereirade ter incorrido numa tentativa de golpe de Estado ao permitir que a Comissão Permanente do parlamento abordasse a situação no Supremo Tribunal de Justiça, atualmente a funcionar sem quórum de juízes, contrariando o Presidente guineense, que tinha ameaçado agir se este assunto fosse abordado.

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