Rutura num navio, que transportava cerca de 4.000 toneladas de gasóleo e petróleo, provocou, esta sexta-feira (07.08), um derrame nas águas do arquipélago. França já anunciou que enviará ajuda.
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A ilha Maurícia, pertencente à República das Maurícias, declarou, esta sexta-feira (07.08); "estado de emergência ambiental" após uma rutura num navio com bandeira do Panamá ter causado um derrame de petróleo nas águas do arquipélago.
O primeiro-ministro das Maurícias, Pravind Jugnauth, anunciou a decisão, após as imagens de satélite terem mostrado uma mancha escura a espalhar-se pelas águas perto de áreas que o Governo considera "muito sensíveis" a nível ambiental.
"[O derrame] representa um perigo para as ilhas Maurícias. O nosso país não tem as competências nem os conhecimentos para retificar a posição de navios encalhados e pedi a ajuda da França e do Presidente Emmanuel Mácron", adiantou Pravind Jugnauth, numa publicação nas redes sociais.
França envia ajuda
Entretanto, e já este sábado (08.08), o Presidente francês confirmou, na sua rede social Twitter, que irá enviar ajuda ao país.
"Quando a biodiversidade está em perigo, há uma necessidade urgente de agir. A França está lá. Ao lado do povo mauriciano", afirmou o Presidente francês, acrescentando que o país vai enviar "equipas e diverso equipamento".
Espécies em perigo
A destruição de milhares de espécies é um cenário também avançado pelo dirigente da organização ambientalista Greenpeace África. Num comunicado enviado à imprensa, Happy Khambule, afirma que "milhares de espécies em torno das lagoas cristalinas de Blue Bay, Pointe d'Esny e Mahebourg estão em risco de destruição num mar de poluição, com consequências terríveis para a economia, para a segurança alimentar e para a saúde das Maurícias".
Também em declarações na sexta-feira (07.08), o ministro do Ambiente das Maurícias, Kavy Ramano, adiantou que o Governo fez todos os esforços para retirar a tripulação do navio e que a prioridade agora é evitar que o combustível derramado no mar chegue às praias e lagoas próximas. O governante admitiu também que o país se encontra diante uma "crise ambiental".
O navio 'MV Wakashio', que transportava cerca de 4.000 toneladas de gasóleo e petróleo num percurso entre a China e o Brasil, encalhou a 25 de julho no sudeste da ilha Maurícia.
Um inquérito policial também foi aberto para investigar possíveis situações de negligência, disse um comunicado do Governo.
Maputo: De lixo plástico a utensílios domésticos
No Dia Mundial do Ambiente (05.06), acompanhamos um negócio em crescimento em Maputo: a recolha e reciclagem de lixo plástico. Há produtos para todos os gostos, desde embalagens a cadeiras.
Foto: DW/R. da Silva
Um negócio em crescimento
O negócio da recolha de plástico na capital moçambicana está a ganhar espaço e muitas famílias dedicam-se a esta atividade. Algumas empresas compram e transformam o lixo plástico em utensílios domésticos. Na periferia de Maputo, empresas de reciclagem vendem diretamente ao consumidor e empregam muitos jovens.
Foto: DW/R. da Silva
Plástico reciclado para todos os gostos
A produção com material reciclado é muito variada: desde açucareiros e saleiros a recipientes para água, baldes e embalagens para alimentos. Os reservatórios nesta imagem são muito usados em Maputo para carregamento de água, sobretudo nos momentos de escassez. Algumas empresas de produção de óleo, por exemplo, também solicitam estes utensílios para distribuir aos revendedores.
Foto: DW/R. da Silva
Lixo à espera de ser vendido
Muitas famílias arranjam um espaço no seu quintal para guardar o lixo plástico, dada a sua importância para o sustento. Nesta casa, o tecto foi a solução encontrada para armazenar o plástico até chegar à quantidade adequada para vender. Cada quilo de lixo plástico pode render, dependendo do comprador, entre 20 a 40 cêntimos de euro.
Foto: DW/R. da Silva
Separação do lixo
Na maior lixeira de Maputo, há vários tipos de lixo. No caso do plástico, os catadores também colocam de lado os sacos – que são reutilizados. Este lixo é posteriormente embalado em grandes sacos para ser pesado e vendido às empresas de reciclagem.
Foto: DW/R. da Silva
À espera dos compradores
Esta é a lixeira de Hulene, onde vai parar todo o tipo de lixo. Os residentes das redondezas vivem praticamente do lixo plástico - e não só. Os montes que estão aqui expostos já têm donos e estão apenas à espera para serem vendidos às empresas que se dedicam à reciclagem.
Foto: DW/R. da Silva
Cadeiras recicladas
Algumas instituições do Estado e entidades privadas usam produtos reciclados no dia a dia. É o caso deste escritório de um estabelecimento de ensino público localizado algures na periferia da capital Maputo.
Foto: DW/R. da Silva
Prontas para a distribuição
As cadeiras e outros materiais reciclados são transportados em camiões. A reciclagem de lixo está a ajudar a cidade e a periferia a "livrar-se" dos resíduos.
Foto: DW/R. da Silva
Catadores de lixo em Hulene
Na maioria, as pessoas que se dedicam a recolher lixo na lixeira de Hulene são jovens. Também recolhem plástico na periferia de Maputo para vender posteriormente. Entre os catadores, também há mulheres que se dedicam a esta atividade que ajuda a limpar a cidade e arredores de Maputo.
Foto: DW/R. da Silva
O negócio do lixo
A Recicla é uma cooperativa de produção de plástico criada em 2006. A empresa criou um projeto para o tratamento e valorização do plástico com impactos positivos ao nível do ambiente, economia, ação social e educação. Compra aos catadores todo o lixo plástico que mais tarde é reciclado.
Foto: DW/R. da Silva
Praias sem plástico
A praia da Costa do Sol, em Maputo, é a mais concorrida no verão – e a paisagem sofre com os resíduos deixados na areia por quem a frequenta. Com o negócio do lixo plástico, a praia da Costa do Sol está mais limpa.