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Imprensa alemã acompanha as iniciativas contra o Ébola

Marcio Pessôa4 de julho de 2014

Jornais do país destacaram o novo modelo de segurança de África contra grupos extremistas. Também cobriu a situação humanitária no Sudão do Sul.

Presseschau
Foto: Fotolia

O correspondente do jornal Neue Zürcher Zeitung e o Die Welt, na Cidade do Cabo, Christian Putsch, abriram espaço para a epidemia do Ébola na Serra Leoa, Libéria e Guiné Conacry. Conforme os jornais, a doença já matou mais de 460 pessoas na região.

A conferência da África Ocidental sobre o Ébola foi considerada durante a semana, pelo periódico, com uma esperança para frear um alastramento ainda maior da epidemia.

Ainda em abril, o presidente Alpha Conté sugeriu que a crise estava sob controle e minimizou a epidemia em visita à Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais de dois meses a situação está longe do controle.

Die Zeit destaca que o Ébola já chegou à capital Conakry. Pesquisadores europeus também trabalham no combate a doença em laboratórios de alta segurança em Hamburgo, na Alemanha, e em Lyon, na França. O vírus mata em 90 por cento dos casos de infecção. A cimeira realizada em Accra definiu a criação de um fundo para o combate a doença na região.

A ameaça do ÉbolaFoto: Cellou Binani/AFP/Getty Images

Ameaça

O Neue Zürcher Zeitung noticiou que o Governo norte-americano decidiu intensificar o controle em 15 aeroportos para vôos direitos aos Estados Unidos. Aeroportos na Europa, África e Oriente Médio também cooperam com a iniciativa de segurança. O assunto veio a público como uma sinalização aos passageiros para que se preparem para eventuais inconvenientes.

O Frankfurter Allgemeiner Zeitung destacou o esforço conjunto de alguns países africanos para combater islamitas. Conforme o texto de Thomas Scheen, a idéia é antiga, mas a realização parece mais urgente do que nunca. A África procura opor-se à ascensão de radicais islâmicos com uma força multinacional.

Além disso, existe no seio da União Africano (UA) discute a implementação de uma Força Africana de Prontidão. Seriam cinco brigadas nas regiões da África Meridional, Central, Ocidental, Norte e Oriental. No entanto, nenhum país quer assumir o compromisso de realmente pagar pela força militar conjunta.

Tropas africanas na SomáliaFoto: AP

Calamidade

O die tageeszeitung também publicou a matéria “Eu nunca me sinto seguro”, de Ilona Eveleens. Conta o drama vivido pelas famílias no campo de um campo de refugiados no Sudão do Sul. Em função da completa falta de infra-estrutura, várias atividades acabam sendo consideradas perigosas para as pessoas.

Conforme o texto, a crise de saneamento, saúde e alimentar afeta aproximadamente 45 mil pessoas. As fortes chuva durante a estação chuvosa, transformou o acampamento em um pântano. A água entra regularmente nos alojamentos, mas não há água potável suficiente - falta de latrinas.

Crianças nadam na água acumulada pelo vazamento de esgoto. Nesta mesma água, as mulheres lavam roupas e pratos. O campo é operado pelas missão da ONU na região. Diarréia, malária, pneumonia e desnutrição são comuns”, conforme descreve o jornal.

Desconfiança

Die tageszeitung também dedicou uma matéria sobre as transformações na região de Turkana, que é considerada a mais pobre do Quénia. Conforme o texto de Ilona Eveleens, petróleo e lençóis freáticos foram encontrados na região e isto estaria ameaçando os camponeses da região.

Além disso, o potencial eólico da região com projetos ambiciosos acabam deixando clara a transição. Alguns acreditam que a prosperidade está surgindo no horizonte. Mas outros moradores como, Selina Lemulen, são céticos. Para ela, o petróleo “só vai enriquecer os políticos”.

A região de Turkana, no QuéniaFoto: UNESCO/Nairobi Office

O clima é bastante severo em Turkana - quente e seco. Os pastores temem que a companhia de petróleo que vai explorar a região cerque a maior parte dos campos impedindo a circulação do gado. É o boato que se espalha e assusta a todos em Turkana.

O Rheinische Post também divulgou a exposição do artistas da Costa do Marfim na região do Reno. São esculturas de madeira de figuras humanas. Algumas anônimas e outras não. Algumas religiosas outras com tantos outros significados. Conforme a matéria de Bertram Müller, o evento foge do clichê, trazendo à tona estilos marcantes deste país da África Ocidental.

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