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Isabel dos Santos lembra apoio do pai "desde primeira hora"

Lusa
9 de julho de 2022

Em sua primeira reação pública após morte de José Eduardo dos Santos, Isabel dos Santos destaca "sorte" de tê-lo tido como pai, afirmando que o ex-Presidente, falecido ontem, "esteve sempre ao seu lado".

Unternehmerin Isabel dos Santos
Isabel dos Santos.Foto: Valery Sharifulin/Imago Images/ITAR-TASS

"És um homem simples e de grande gentileza que tive a sorte de ter como pai", escreveu Isabel dos Santos numa mensagem na sua conta na rede social Instagram, naquela que é a sua primeira reação pública àmorte, na sexta-feira, aos 79 anos, de José Eduardo dos Santos e ex-Presidente angolano.

Recorrendo à poesia, a filha de Eduardo dos Santos evoca o amor pelo pai: "Te amo pra todo sempre ... serei sempre tua filha ... serás sempre meu pai.... E um dia nos voltamos a ver .... E conversar como sempre..."

"Na tua última hora eu queria estar ao teu lado.../Como tu estiveste ao meu lado pra mim, desde a minha primeira hora/Como tu tiveste ao meu lado, e me apoiaste na minha vida nos momentos mais felizes e nos momentos mais difíceis", escreveu Isabel dos Santos. 

José Eduardo dos Santos em 2012, governou Angola de 1979 a 2017.Foto: Paulo Novais/EPA/dpa/picture alliance

"Sempre ficamos lado a lado"

"Tu me guiaste-te na vitória e na derrota/Tu me ensinaste a ser corajosa e paciente/Conversamos... e sempre ficamos lado a lado/Partilhamos nossas esperanças, nossos medos e nossos sonhos", prosseguiu.

O ex-Presidente angolano morreu na sexta-feira aos 79 anos numa clínica em Barcelona, Espanha, após semanas de internamento, anunciou hoje a presidência angolana, que decretou inicialmente cinco dias de luto nacional que depois aumentou para sete.

José Eduardo dos Santos sucedeu a Agostinho Neto como Presidente de Angola em 1979 e deixou o cargo em 2017, cumprindo uma das mais longas presidências no mundo, marcada por acusações de corrupção e nepotismo.

Em 2017, renunciou a recandidatar-se e o atual Presidente, João Lourenço, sucedeu-lhe no cargo, tendo sido eleito também pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa no país desde a independência de Portugal, em 1975.