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ConflitosLíbano

Israel anuncia morte de comandante do Hezbollah em Beirute

gcs | com agências
24 de setembro de 2024

Israel bombardeou um prédio nos subúrbios de Beirute. Pelo menos, seis pessoas morreram e 25 ficaram feridas. Primeiro-ministro israelita diz que os ataques não são contra o povo do Líbano, são "contra o Hezbollah".

Habitantes de Beirute reúnem-se no local do ataque israelita, a 24 de setembro
Ataque a prédio em Beirute fez, pelo menos, seis mortosFoto: AAmr Abdallah Dalsh/REUTERS

 

Israel diz que um comandante do grupo xiita libanês Hezbollah morreu num ataque aéreo "seletivo" nos subúrbios de Beirute.

Duas fontes de segurança no Líbano confirmaram a morte em declarações à agência de notícias Reuters, acrescentando que o combatente do Hezbollah era um líder importante da unidade de mísseis do grupo.

Pelo menos seis pessoas morreram e 25 ficaram feridas, de acordo com as autoridades locais.

Este é o quinto ataque israelita do género à capital libanesa desde outubro de 2023 e o segundo esta semana. Israel tem também realizado bombardeamentos visando alvos sobretudo no sul e leste do Líbano.

O Governo libanês informou esta manhã que 558 pessoas morreram e mais de 1.800 ficaram feridas em dois dias de bombardeamentos aéreos. Cerca de 50 crianças estão entre as vítimas mortais, segundo o ministro da Saúde, Firas Abiad.

Segundo as autoridades libanesas, milhares de pessoas foram obrigadas a deixar as suas casas devido aos ataques aéreos israelitasFoto: Mohammad Zaatari/AP/picture alliance

O alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, disse que dois funcionários da sua organização foram mortos nos últimos ataques do Exército israelita: "Os ataques aéreos israelitas no Líbano ceifam incansavelmente centenas de vidas de civis", condenou o responsável.

As Forças Armadas de Israel (IDF) dizem que os bombardeamentos visaram "cerca de 1.600 alvos terroristas".

Netanyahu promete continuar ataques

O Hezbollah, apoiado pelo Irão, solidarizou-se com o Hamas na guerra contra Israel e bombardeia há meses o norte do país. O Hamas é classificado pelos EUA, União Europeia e Israel como organização terrorista.

Apesar da pressão para parar com os ataques, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu não ceder: "Continuaremos a atingir o Hezbollah. Quem tiver um míssil na sua sala de estar e um rocket em casa não terá casa", ameaçou.

"E digo ao povo do Líbano: a nossa guerra não é contra vocês, é contra o Hezbollah [...]. Eu disse-lhes ontem para evacuarem as casas onde um míssil foi colocado no quarto e um 'rocket' na garagem", disse Netanyahu na rede social X.

O Hezbollah anunciou hoje que disparou uma série de mísseis contra bases militares israelitas, depois de 180 projéteis lançados pelo grupo libanês terem entrado em Israel. Os habitantes da cidade de Haifa, no norte do país, tiveram de procurar abrigo.

Medo de escalada da violência

Teme-se uma escalada da violência na região. Os ataques aumentaram depois de, há uma semana, milhares de aparelhos eletrónicos usados por membros do Hezbollah (em particular, "pagers" e "walkie-talkies") terem explodido de forma coordenada, provocando dezenas de mortes. A ação foi atribuída a Israel, mas o país não comentou o sucedido.

Esta terça-feira, no seu último discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou que uma "guerra em grande escala" entre o Líbano e Israel "não beneficia ninguém".

"Uma solução diplomática ainda é possível", apelou Biden.

Líbano: Explosões de pagers e walkie-talkies inquietam

04:48

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