Israel ataca o norte do Líbano pela primeira vez
5 de outubro de 2024Um ataque israelita atingiu pela primeira vez a cidade de Tripoli, no norte do Líbano este sábado (05.10), enquanto prosseguem os ataques no sul e em Beirute.
Segundo o grupo palestiniano Hamas, um dos seus comandantes foi morto no ataque de Tripoli. Saeed Attallah Ali, a sua mulher e duas filhas foram mortos no bombardeamento num campo de refugiados palestinianos.
Israel não comentou imediatamente o ataque, mas vários oficiais do Hamas foram mortos no Líbano no ano passado.
O Líbano alberga milhares de palestinianos que fugiram durante a guerra de 1948, um acontecimento conhecido em árabe como a Nakba, que acompanhou a criação do Estado de Israel.
Conflito no Médio Oriente
Em meio a uma crescente escalada do conflito no Médio Oriente, o Presidente dos EUA, Joe Biden, advertiu Israel ontem (04.10) contra ataques às instalações petrolíferas iranianas, afirmando que está a tentar mobilizar o mundo para evitar uma "guerra total no Médio Oriente".
Numa visita surpresa à sala de reuniões da Casa Branca, Biden disse ainda que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, "deve lembrar-se" do apoio dos EUA a Israel quando considerar os próximos passos.
"Se eu estivesse no lugar deles, estaria a pensar noutras alternativas que não atacar campos petrolíferos", disse Biden aos jornalistas quando questionado sobre os seus comentários de um dia antes de que Washington estava a discutir a possibilidade de tais ataques com o seu aliado.
Biden acrescentou que os israelitas "ainda não concluíram como e o que vão fazer", numa altura em que a região do Médio Oriente se prepara para a resposta de Israel a um ataque de mísseis balísticos iranianos no início da semana.
ONU mantém posições no Líbano
Este sábado (05.10), entre os últimos desenvolvimentos do conflito no Médio Oriente, a Força Interina das Nações Unidas np Líbano (FINUL), destacada ao longo da fronteira entre Israel e o país, anunciou que "mantém as suas posições", apesar do pedido do Exército israelita para "deslocar algumas" dessas.
Em comunicado, a FINUL afirma que o Exército israelita lhe pediu, em 30 de setembro, "para retirar as forças de manutenção da paz de algumas das suas posições", informando-o "da sua intenção de realizar incursões terrestres limitadas" no Líbano.
"No entanto, as forças de manutenção da paz estão a manter a sua presença em todos os locais [...]. A segurança das forças de manutenção da paz é primordial e recordamos a todas as partes a sua obrigação de a respeitarem", diz-se num comunicado.