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SociedadeMédio Oriente

Israel bombardeia Líbano em resposta a ataque do Hezbollah

nn | com agências
25 de agosto de 2024

O primeiro-ministro de Israel alertou o Hezbollah e o Irão que os bombardeamentos deste domingo (25.08) no Líbano são "mais um passo" para garantir o regresso dos israelitas ao norte do Estado hebreu.

Bombardeamento em Zibqīn, no Líbano
Israel bombardeou Líbano após ataques do Hezbollah este domingo (25.08)Foto: Kawnat Haju/AFP/Getty Images

"Saibam que esse é mais um passo no caminho para mudar a situação no norte [de Israel] e para devolver os nossos residentes em segurança às suas casas", disse Benjamin Netanyahu.

Essas palavras seriam um alerta para o líder do movimento libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, e o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, que é aliado do movimento xiita.

"O que aconteceu hoje não foi o fim do capítulo", alertou Netanyahu durante o Conselho de Ministros, no qual também elogiou as Forças de Defesa de Israel (FDI) pelas recentes operações contra o Hezbollah, como a morte de um dos seus principais comandantes, Fouad Chokr, num ataque no mês passado em Beirute.

Israel desencadeou no domingo (25.08) uma série de "ataques preventivos" contra várias posições do Hezbollah no sul do Líbano, aos quais a milícia libanesa respondeu com o lançamento de mais de 300 foguetes e 'drones' que causaram apenas "danos mínimos" em território israelita, segundo o exército israelita.

O norte do território israelita está praticamente desabitado desde o início dos combates entre Israel e as milícias libanesas - que aumentaram após o início da guerra em Gaza -, e os seus residentes afirmam que o Governo israelita não está a fazer o suficiente para facilitar o seu regresso às suas casas.

O grupo xiita libanês Hezbollah anunciou que terminou o seu ataque contra objetivos militares israelitas, com 'drones' e foguetes, depois de atingir os seus objetivosFoto: Jalaa Marey/AFP/Getty Images

Os líderes das comunidades do norte de Israel denunciaram este domingo, logo após o ataque de Israel, a marginalização a que estão a ser sujeitos pelo Governo israelita.

"Israel só lança ataques preventivos quando percebe que irão atacar de Telavive", lamentou o representante da comunidade Shlomi, Matan Davidian. "Entretanto, fomos retirados para longe de casa há dez meses e ainda somos ameaçados por esses ataques", acrescentou, em declarações relatadas ao jornal Times of Israel.

O exército israelita declarou hoje que "cerca de uma centena" dos seus aviões "alvejaram e destruíram milhares de plataformas de lançamento de foguetes do Hezbollah" para impedir um ataque com 'drones' do grupo xiita libanês.

O Hezbollah, por seu lado, anunciou a conclusão do seu ataque de hoje, depois de ter lançado "um grande número de 'drones'" e "mais de 320" foguetes Katyusha contra 11 bases militares em Israel e nos Montes Golã sírios ocupados por Israel, em resposta à morte de um dos seus líderes militares num ataque israelita a Beirute, em 30 de julho.

Pelo menos três pessoas morreram nos ataques que as forças israelitas realizaram no sul do Líbano, declarou o Ministério da Saúde libanês

A coordenadora especial da ONU para o Líbano e as forças de manutenção da paz destacadas no país apelaram ao Hezbollah libanês e a Israel para "se absterem de qualquer nova escalada" e "cessarem fogo".

Numa declaração conjunta, o gabinete da coordenadora das Nações Unidas e a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL), estacionada na fronteira entre Israel e o Líbano, registaram "a evolução preocupante da situação", depois de o Hezbollah pró-iraniano ter anunciado a realização de um ataque em grande escala contra Israel, que, por seu lado, comunicou ataques preventivos no país vizinho.

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