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Israel congela ajuda a Angola

Lusa | AFP | gcs
27 de dezembro de 2016

Israel diminui relações com países que votaram no Conselho de Segurança das Nações Unidas contra colonatos. Angola é um dos países afetados.

Primeiro-ministro israelita, Benjamin NetanyahuFoto: Reuters/J. Ernst

As relações entre Israel e os países que votaram a favor da resolução contra a colonização dos territórios palestinianos ocupados não foram suspensas, mas serão "reduzidas temporariamente", sublinhou o Ministério israelita dos Negócios Estrangeiros.

"Até nova ordem, limitaremos os nossos contactos com as embaixadas em Israel e evitaremos deslocações de responsáveis israelitas a estes países e a vinda dos seus responsáveis aqui", disse o porta-voz Emmanuel Nahshon à agência de notícias France-Presse. 

Esta é uma retaliação aos países que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas e votaram, na sexta-feira (23.12), uma resolução a exigir a Israel o fim "imediato" da política de colonatos nos territórios palestinianos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, classidicou a resolução de "parcial e vergonhosa". 

Conselho de Segurança disse que colonatos nos territórios palestinianos não têm "qualquer valor jurídico". Foto: Reuters/B. Ratner

Consequências

Segundo Nahshon, Israel notificou Angola do congelamento do seu programa de ajuda. Chamou ainda os seus embaixadores na Nova Zelândia e no Senegal e anulou o seu programa de ajuda nos países da África Ocidental.

Os Estados Unidos da Amériica, a Rússia, China, França e Reino Unido têm assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Angola é atualmente membro não permanente, tal como o Senegal, Egito, Japão, Ucrânia, Malásia, Uruguai, Venezuela, Nova Zelândia e Espanha.

Os países não poderão ir a Israel "para aprender sobre a luta antiterrorista, a ciberdefesa, as tecnologias agrícolas e fazer, a seguir, o que querem na ONU", adiantou a ministra-adjunta israelita dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Hotovely.

Segundo a imprensa, pelo menos duas deslocações foram canceladas ou adiadas, incluindo a visita a Israel do primeiro-ministro ucraniano, prevista para esta semana.

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