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PolíticaIsrael

Israel aprova entrada diária de combustível em Gaza

Lusa
17 de novembro de 2023

O Governo de Israel aprovou hoje a entrada diária de dois camiões com combustível em Gaza, apesar de as organizações de ajuda humanitária terem alertado que, para suprir as necessidades, é necessário um fluxo constante.

Dramatische Szenen nach israelischem Bombardement in Khan Yunis
Foto: Belal Khaled/AFP

Israel autorizou a passagem de dois camiões-cisterna por dia do Egipto para a Faixa de Gaza para fins humanitários, confirmou um alto representante israelita. A mesmo fonte disse que o gabinete de guerra tinha aprovado uma recomendação correspondente dos serviços secretos.

As agências da ONU queixaram-se de que a falta de combustível está a dificultar o trabalho humanitário na Faixa de Gaza. As autoridades sanitárias locais afirmam que a falta de combustível está a impedir o trabalho humanitário na Faixa de Gaza, colocando vidas em risco.

Os militares israelitas manifestaram a sua preocupação com o facto de as entregas de combustível possam ser utilizadas pela organização militante palestiniana Hamas para ataques.

A autorização só foi dada pelo Governo israelita depois de o exército e os serviços secretos terem aprovado a medida e após pedido prévio das autoridades dos Estados Unidos.

O objetivo é "garantir a manutenção mínima das necessidades dos sistemas de água, resíduos e saneamento” para evitar um surto de doenças que "potencialmente” também poderiam espalhar-se para Israel, segundo explica o documento do Governo, citado pelo jornal The Times of Israel.

Um primeiro carregamento, de 23 mil litros de combustível, foi destinado à agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA), mas com a condição de só ser utilizado no reabastecimento de veículos que entrem no território para fornecer ajuda.

Caos nos hospitais de GazaFoto: Montaser Alswaf/Anadolu/picture alliance

Confusão sobre as novas entregas de ajuda à Faixa de Gaza

Hoje, cerca de 150 mil litros de combustível destinados a abastecer os geradores de hospitais entraram na Faixa de Gaza através da passagem fronteiriça de Rafah, que liga o enclave ao Egito, informaram os meios de comunicação social egípcios.

A organização estima que sejam necessários cerca de 160 mil litros por dia para aliviar a grave escassez de bens essenciais na Faixa de Gaza.

As autoridades israelitas também alertaram que irão garantir que o combustível que entra em Gaza não acabe nas mãos do grupo islamita Hamas e confiam que este tipo de gesto aumentará o espaço de manobra diplomática para continuar com a sua ofensiva e "eliminar" o Hamas.

Israel proibiu a entrada de combustível, assim como outros bens fundamentais – água ou e medicamentos -, na Faixa de Gaza há mais de um mês, na sequência do ataque sem precedentes ao território israelita realizado em 07 de outubro pelo Hamas.

Irão promete ajuda do "eixo da resistência" ao Hamas

O chefe da Força Quds da Guarda Revolucionária do Irão prometeu  que Teerão e outros membros do "eixo da resistência" impedirão Israel de atingir os seus objetivos em Gaza, incluindo a eliminação do Hamas.

"Os seus irmãos do eixo estão unidos a si", afirmou Esmail Qaani numa mensagem dirigida a Mohamad Deif, chefe das Brigadas Ezzeldin al-Qassam, o braço armado do Hamas.

Qaani disse na mensagem que os aliados do eixo "não permitirão que o inimigo atinja os seus objetivos sujos em Gaza e na Palestina".

Qaani disse que a Palestina e a região "não serão as mesmas de antes" após os ataques do Hamas, conhecidos como a "Tempestade de Al Aqsa".

Acrescentou que os confrontos contra o exército israelita em Gaza "mostram que a resistência é capaz de inovar", de acordo com a IRNA, citada pela agência espanhola Europa Press.

Israel afirmou que o objetivo da ofensiva na Faixa de Gaza é erradicar o Hamas, que controla o pequeno território palestiniano desde 2007.

Conflito Israel-Hamas: Pausa humanitária em Gaza é "urgente"

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