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ConflitosIsrael

Israel: Guterres defende solução de dois Estados

Lusa
29 de novembro de 2023

Secretário-geral da ONU defende o direito do povo palestiniano de viver em paz, em plena "catástrofe humanitária" em Gaza na sequência do conflito entre Israel e o Hamas. E reiterou o apoio à solução de dois Estados.

Secretário-geral da ONU, António Guterres
António Guterres defende acordo definitivo entre Israel e PalestinaFoto: Brendan McDermid/REUTERS

A mensagem de António Guterres surge no Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, assinalado esta quarta-feira (29.11). O líder da ONU refere que a data deve reafirmar a solidariedade internacional para com os palestinianos.

Segundo o secretário-geral das Nações Unidas, a resolução do conflito em curso entre Israel e o grupo islamista palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, "deve começar com um cessar-fogo humanitário de longo prazo, acesso irrestrito à ajuda, libertação de todos os reféns, proteção de civis e o fim das violações do direito humanitário internacional".

Mas a resolução deste conflito, e também do clima de tensão vivido no Médio Oriente, deve ir além disto, segundo afirmou o ex-primeiro-ministro português.

"Já está mais do que na altura de avançar de forma determinada e irreversível para uma solução de dois Estados", disse Guterres, citado na página 'online' do serviço ONU News.

Acordo para os dois Estados

O acordo, alegou, deve ter como base as resoluções das Nações Unidas e o Direito Internacional, e permitir que "Israel e Palestina vivam lado a lado em paz e segurança, com Jerusalém como capital de ambos os Estados".

Sublinhando que a data hoje assinalada acontece "durante um dos capítulos mais sombrios da história do povo palestiniano", Guterres lembrou que quase 1,7 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar as suas casas e que a situação na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, também "corre o risco de explodir".

Israel e Hamas: Primeiros reféns serão libertados amanhã

05:59

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O líder da ONU voltou a expressar condolências aos milhares de famílias que estão de luto, incluindo aos familiares dos funcionários das Nações Unidas mortos em Gaza, naquela que foi a maior perda de pessoal da história da organização, e reiterou a condenação aos ataques terroristas do Hamas de 7 de outubro.

No entanto, frisou, os atos do Hamas não podem justificar o "castigo coletivo do povo palestiniano".

As Nações Unidas, garantiu ainda Guterres, reafirmam o compromisso para com o povo palestiniano de defender "os seus direitos inalienáveis e construir um futuro de paz, justiça, segurança e dignidade para todos".

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