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ConflitosIsrael

Israel: Guterres nega ter justificado terror do Hamas

Lusa
25 de outubro de 2023

Guterres admitiu que falou das queixas do povo palestiniano, mas salientou que ao fazê-lo também afirmou que as queixas do povo palestiniano não podem justificar os ataques do Hamas.

António Guterres, secretário-geral da ONUFoto: Seth Wenig/AP Photo/picture alliance

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou-se esta quarta-feira (25.10) "chocado com as interpretações erradas" das declarações que fez na terça-feira no Conselho de Segurança e negou ter justificado os atos de terror do Hamas.

"Isto é falso. Foi o oposto", garantiu o ex-primeiro-ministro português.

"No início da minha intervenção de ontem (terça-feira), afirmei claramente - e passo a citar: 'Condenei inequivocamente os horríveis e sem precedentes atos de terror de 7 de outubro cometidos pelo Hamas em Israel. Nada pode justificar o assassinato, o ataque e o rapto deliberados de civis - ou o lançamento de foguetes contra alvos civis'", disse, repetindo parte do discurso que fez anteriormente no Conselho.

Guterres admitiu que falou das queixas do povo palestiniano, mas salientou que ao fazê-lo, também afirmou: "'Mas as queixas do povo palestiniano não podem justificar os terríveis ataques do Hamas'".

António Guterres afirmou na terça-feira (24.10), perante o Conselho de Segurança da ONU, que os ataques do Hamas "não vêm do nada" e lembrou que os palestinianos foram "sujeitos a 56 anos de ocupação sufocante", declarações que levaram o Governo israelita a pedir a demissão imediata do líder da ONU.

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