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PolíticaIsrael

Israel liberta grupo de 90 prisioneiros palestinianos

DW (Deutsche Welle) | AFP | EFE | Lusa
20 de janeiro de 2025

Multidões na Cisjordânia ocupada festejaram a libertação do primeiro grupo de 90 prisioneiros palestinianos, composto maioritariamente por mulheres e crianças, como estava previsto no acordo de cessar-fogo com o Hamas.

Multidão rodeia o autocarro que transportava os 90 prisioneiros palestinianos libertados por Israel na madrugada desta segunda-feira
Multidão rodeia autocarro que transportava os primeiros prisioneiros palestinianos libertados esta madrugada Foto: Ammar Awad/REUTERS

Israel anunciou na madrugada desta segunda-feira a libertação de 90 prisioneiros palestinianos da prisão de Ofer, perto de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, pouco depois das 01:00 locais, como estava previsto no acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que entrou em vigor no domingo (19.01).

Os serviços prisionais reuniram todos os detidos na prisão israelita, onde as forças de segurança de Israele representantes da Cruz Vermelha verificaram a identidade de cada prisioneiro e efetuaram exames médicos.

Em seguida, foram libertados e uma equipa da Cruz Vermelha transferiu 78 deles para o posto de controlo de Beitunia, perto de Ramallah, e 12 outros para o bairro de Silwan, na Jerusalém Oriental ocupada.

De acordo com o comunicado dos Serviços Prisionais de Israel, os detidos que se dirigem para Jerusalém Oriental serão levados para o Complexo Russo na cidade, onde serão libertados pela polícia.

A libertação do primeiro grupo de prisioneiros palestinianos ocorre depois de o Hamas ter entregue três reféns israelitas, três mulheres civis, que se encontram atualmente no hospital Sheba de Telavive.

Da esquerda para a direita: As reféns Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher já foram libertadas pelo HamasFoto: Ahmad Gharabli/The Hostages Families Forum Headquarters/AFP

As três reféns israelitas encontraram-se com as suas mães em Israel, tendo sido depois transportadas para um hospital para receber tratamento, segundo o exército israelita.    

Nos termos do acordo para cessar as hostilidades, 33 reféns israelitas devem ser libertados, numa fase inicial de seis semanas. Em troca, as autoridades israelitas garantiram que libertariam cerca de 1.900 palestinianos dentro deste período. 

Festejos na Cisjordânia ocupada

Dois autocarros com vidros fumados deixaram a prisão e foram aclamados por centenas de pessoas que os esperavam na cidade de Beitunia, na Cisjordânia ocupada, ao mesmo tempo que era lançado fogo-de-artifício, noticiou a AFP.

Entre os libertados encontram-se 69 mulheres e nove menores, para além de 12 homens condenados por delitos menores, como o incitamento ao terrorismo ou a perturbação da ordem pública.

No total, está prevista a libertação de cerca de 2.000 prisioneiros durante a primeira fase do acordo de cessar-fogo de 42 dias, altura em que 33 reféns também deixarão a Faixa de Gaza.

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04:34

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Nove menores entre os libertados

Dos presos libertados, o primeiro, identificado como Nawal Mohamed Abdel Fatiha, entrou na prisão em 2021. Seguiram-se, por ordem de antiguidade, dois detidos em 2022, 23 em 2023 e os restantes em 2024, segundo a lista de presos a libertar, a que a EFE teve acesso.

Entre os detidos há também nove menores: oito com 17 anos e um com 15, identificado como Mahmud Daoud Aliwat. São oito rapazes e uma rapariga.

Entre os libertados estão também Khalida Jarrar, 62 anos, ativista feminista e membro da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), irmã do político do Hamas Saleh Arouri, Dalal Jaseeb, e Abla Abdelrasoul, 68 anos, mulher do dirigente da FPLP Ahmad Saadat.

Em troca dos 90 prisioneiros palestinianos, os reféns Romi Gonen, Doron Steinbrecher e Emily Damari foram libertados da Faixa de Gaza no domingo.

Gonen, um israelo-romeno de 24 anos, foi raptado durante o ataque ao festival de música Nova, e Damari (o único refém com nacionalidade britânica, 28 anos) e Streinbrecher (31 anos) foram levados do Kibbutz Kfar Aza.

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