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ConflitosIsrael

Protesto em Israel pede renúncia do Governo e eleições

Lusa
8 de janeiro de 2024

Manifestantes em Jerusalém exigem eleições imediatas e a saída do primeiro-ministro Netanyahu. Acusações incluem falhas no Governo e abandono dos reféns em Gaza.

Dezenas de manifestantes exigiram a demissão do Governo do primeiro-ministro
Dezenas de manifestantes exigiram a demissão do Governo do primeiro-ministroFoto: Mostafa Alkharouf/Anadolu/picture alliance

Dezenas de manifestantes exigiram hoje em frente ao parlamento israelita (Knesset), em Jerusalém, a demissão do Governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e a convocação de eleições no país.

Os manifestantes bloquearam o acesso às instalações parlamentares e exigiram "eleições já", mas posteriormente foram retirados por agentes da polícia israelita, que detiveram uma das pessoas no local, segundo a imprensa israelita.

Os organizadores do protesto denunciaram as "ações falhadas" do Executivo israelita e "a sua disfunção", bem como "o abandono" pelas autoridades dos mais de cem reféns ainda na Faixa de Gaza, apontando ainda "os danos fatais à reputação de Israel".

Protestaram ainda contra"o contínuo incitamento e divisão" promovidos tanto por Netanyahu como por outros ministros da coligação governamental, "e o desvio de orçamentos em favor de interesses pessoais à custa do público em geral".

Os protestos em Israel contra o Governo - o mais à direita da história do país - e a sua gestão desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro, já levou milhares de israelitas a manifestarem-se nas ruas nos últimos meses e a pedirem a demissão de Netanyahu.

O primeiro-ministro israelita também está com um dos mais baixos índices de popularidade e, segundo os seus opositores, está a tomar decisões sobre a ofensiva militar em Gaza de acordo com seus interesses pessoais, agindo de forma que possa permanecer no poder enquanto a guerra continua no enclave palestiniano.

A questão dos reféns que estão retidos na Faixa de Gaza - pouco mais de uma centena deles estão vivos e cerca de 25 mortos -, que as autoridades ainda não conseguiram resolver após mais de três meses de guerra, é uma questão que tem vindo a desgastar confiança no Governo, especialmente entre as famílias dos sequestrados.

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