1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Israel mata membro do Hamas e da Jamaa al Islamiya no Líbano

nn | com agências
22 de junho de 2024

O Exército israelita informou este sábado (22.06) que matou o membro do Hamas e do grupo sunita libanês Jamaa al Islamiya, Ayman Ratma, num ataque aéreo contra o seu veículo a 40 quilómetros da fronteira com o Líbano.

Ataques israelitas têm-se apoiado no uso de drones (Foto de arquivo)
Ataques israelitas têm-se apoiado no uso de drones (Foto de arquivo)Foto: Abdel Kareem Hana/AP Photo/picture alliance

"Uma aeronave [não tripulada] da força aérea realizou um ataque preciso na área de Beqaa, no Líbano, para eliminar o terrorista Ayman Ratma, um membro-chave responsável pelo fornecimento de armas às organizações terroristas Hamas e Jamaa al Islamiya no Líbano", refere o Exército israelita, citado pela EFE.

Israel afirma que Ratma se preparava para atacar Israel imediatamente e que já tinha participado noutros ataques anteriores, sem oferecer provas ou dar detalhes a este respeito.

Até ao momento, o Hamas não comentou o assunto nem reivindicou Ratma como um dos seus membros.

Na quinta-feira (20.06), num outro ataque seletivo contra um veículo, Israel matou um membro do grupo xiita libanês Hezbollah que circulava no sul do Líbano.

Familiares choram perda dos seus entes queridos após ataque israelita que provocou 25 mortes em RafahFoto: Jehad Alshrafi/Anadolu/picture alliance

Também hoje, o Exército disse ter encontrado um cidadão israelita morto a tiro numa cidade palestina no norte da Cisjordânia.

O anúncio de hoje ocorreu um dia depois de as forças israelitas terem matado a tiros dois militantes na mesma cidade da Cisjordânia. Nenhum detalhe adicional foi divulgado.

Borrell pede investigação

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, apelou a uma investigação sobre o bombardeamento perto de um escritório do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Gaza, que provocou mais de 20 mortos.

"A UE condena o bombardeamento que danificou o escritório do CICV em Gaza e causou dezenas de vítimas. É necessária uma investigação independente e os responsáveis devem ser chamados a prestar contas", escreveu Borrell nas redes sociais.

O bombardeamento, na noite de sexta-feira (21.06), terá provocado pelo menos 22 mortos.

O exército israelita foi acusado do ataque, mas um porta-voz militar respondeu que não há registo de operações na zona.

Na sua mensagem, Borrell recorda ainda que "a proteção dos civis é uma obrigação prevista nas Convenções de Genebra e que todas as partes em conflito", referindo-se a Israel e ao Hamas, têm de a cumprir. O ataque, com "projeteis de grande calibre" que causaram 22 mortos e 45 feridos, segundo a organização humanitária, ocorreu próximo das instalações CICV, que está rodeada por centenas de deslocados.

"Este incidente causou umfluxo em massa de vítimas ao hospital de campanha da Cruz Vermelha, nas proximidades", detalhou o CICV numa nota nas redes sociais em não especificou os autores do ataque.

Intensificação dos ataques

O Exército israelita intensificou ontem os seus ataques na Faixa de Gaza, nos quais pelo menos 30 palestinianos foram mortos, segundo dados das autoridades de Gaza, enclave controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas.

Palestinianos aguardam distribuição de ajuda alimentar na cidade de GazaFoto: Mahmoud Zaki Salem Issa/Anadolu/picture alliance

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, Telavive lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que até ao momento provocou mais de 37 mil mortos e mais de 85 mil feridos, de acordo com as autoridades do enclave palestiniano, controladas pelo Hamas desde 2007.

Calcula-se ainda que 10 mil palestinianos permanecem soterrados nos escombros após cerca de oito meses de guerra.

O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Também na Cisjordânia e em Jerusalém leste, ocupados por Israel, pelo menos 520 palestinianos foram mortos pelas forças israelitas ou por ataques de colonos desde 07 de outubro.

G7 quer mais cooperação e controlo migratório em África

04:10

This browser does not support the video element.

Saltar a secção Mais sobre este tema