Jacob Zuma termina visita a Moçambique
21 de maio de 2015 Em conferência de imprensa Jacob Zuma disse que "discutimos os atos de xenofobia na África do Sul, mas de forma mais detalhada em relação a outros encontros que mantivemos. Isto porque acreditamos que os parlamentares são os representantes do povo moçambicano".
A visita de cortesia que o Presidente da África do Sul fez ao Parlamento mereceu alguma contestação por parte de alguns deputados que defendiam que ele participasse numa sessão alargada a todos os parlamentares.
Encontro parlamentar devia ter sido mais alargado, diz a RENAMO
Jacob Zuma reuniu-se apenas com a presidente daquele órgão, Verónica Macamo, com os chefes das bancadas parlamentares e porta-vozes. Verónica Macamo, justificou este formato afirmando que o Chefe de Estado sul-africano tinha estado recentemente no Parlamento.
Reagindo às explicações do Presidente Zuma sobre a onda de xenofobia,
a presidente do Parlamento moçambicano afirmou que "foi bom porque ficamos a conhecer os detalhes. Moçambique e a África do Sul são irmãos, e não tivemos oportunidade para escolher os nossos vizinhos, mas podemos agradecer a Deus por termos bons vizinhos em relação à África do Sul."
A Bancada da FRELIMO disse acreditar que o Governo e o povo sul-africano vão trabalhar para que a situação não se repita. A bancada da RENAMO considera que apesar de ter acontecido tarde, é positivo o facto de Jacob Zuma ter viajado pessoalmente a Moçambique para apresentar um pedido de desculpas.
Jacob Zuma gostaria de se encontrar com Afonso Dhlakama
A Chefe da Bancada Parlamentar da RENAMO, Ivone Soares, revelou ainda
que durante o encontro de cortesia o Presidente sul-africano "manifestou interesse em ter um encontro com o presidente Afonso Dhlakama para trocar impressões sobre a situação da paz no continente e sobre a democracia. Vou fazer transmitir esta vontade de Jacob Zuma a Afonso Dhlakama."
A manifestação de disponibilidade de Jacob Zuma para se encontrar com o líder do maior partido da oposição, a RENAMO, Afonso Dlakhama, acontece numa altura em que o país está mergulhado numa crise pós eleitoral.
Recorde-se que a RENAMO insiste em governar nas seis províncias onde obteve o maior número de votos nas últimas eleições gerais em protesto contra uma alegada fraude registada durante o escrutínio.
A RENAMO submeteu ao Parlamento um projeto de lei de criação de autarquias provinciais que já foi reprovado por aquele órgão.