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JLo fala em campanha de descredibilização das eleições

Lusa
23 de maio de 2022

João Lourenço criticou os adversários de estarem a levar a cabo "uma campanha interna e externa de descredibilização das eleições, mesmo antes de elas se realizarem", situação que o líder do MPLA considerou inédita.

Angola | Präsident João Lourenço
Foto: Borralho Ndomba/DW

"Os nossos adversários, mesmo sendo parte da organização das eleições, porque estão na Assembleia Nacional onde se aprovam as leis, incluindo as leis eleitorais, mesmo estando na Comissão Nacional Eleitoral, onde têm comissários a todos os níveis, sendo, portanto, parte das deliberações tomadas a estes níveis, estão a levar a cabo uma campanha interna e externa de descredibilização das eleições mesmo antes de elas se realizarem", referiu o líder do partido no poder em Angola.

João Lourenço, que discursou na abertura da I reunião extraordinária do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), considerou "inédito na história das eleições no mundo" o posicionamento dos seus opositores "uma vez que o contencioso eleitoral só pode surgir após a realização das eleições e nos termos definidos na lei".

O presidente do partido no poder em Angola realçou que a Constituição da República estabelece que as eleições gerais se realizam de cinco em cinco anos, e define que nesse ano eleitoral tenham lugar necessariamente no mês de agosto, "não sendo por isso uma questão de opção de qualquer entidade, mas uma obrigação legal plasmada, não numa lei ordinária, mas sim na Constituição", disse.

"Os nossos adversários estão a levar a cabo uma campanha interna e externa de descredibilização das eleições", disse o líder do partido no poder.Foto: Adolfo Guerra/DW

Falta de preparação para o pleito

"Algumas formações políticas estão a dar sinais evidentes de não estarem preparadas para disputar estas eleições, porque perderam tempo a promover e organizar atividades de desestabilização social, de vandalismo, que atentaram mesmo contra a segurança pública e o património público que a todos nós pertence”, expressou.

Segundo João Lourenço, "o MPLA continuará a preparar-se convenientemente para a disputa eleitoral de agosto do corrente ano, que o Presidente da República, a seu devido tempo, deve convocar, em respeito à Constituição que todos estamos obrigados a cumprir”.

O também chefe de Estado afirmou que os atos de massas do partido "têm sido um sucesso, graças ao alto nível de organização, planificação e execução que os comités do partido a diferentes níveis têm sabido imprimir".

"As vibrantes enchentes nos nossos comícios, nas passeatas e em outros atos públicos de massas, com as imagens deslumbrantes das nossas cores, o vermelho, preto e amarelo, são um importante barómetro para medir a popularidade e grau de aceitação de que o nosso partido goza junto do povo e da sociedade angolana", garantiu.

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Desafios para o MPLA

De acordo com o líder do MPLA, este trabalho, que reputou de "importante, mas não suficiente", vai continuar a ser realizado, seguido de um outro "talvez mais importante, o trabalho de proximidade dos comités de ação do partido".

"Que nos vai garantir que no dia das eleições os eleitores vão realmente comparecer nas assembleias de voto e votar de forma correta", disse.

"Embora estejamos na época de frio - do cacimbo como vulgarmente chamamos -, o calor da pré-campanha e da campanha propriamente dita vai subir, no bom sentido. Vamos trabalhar mais e dormir menos para garantir a vitória, mas temos de saber gerir o tempo e as nossas energias, gerir a carga física e emocional, gerir todo o tipo de recurso quer seja humano ou logístico no sentido mais amplo", exortou João Lourenço.

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