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João Lourenço apela à união para vencer a pandemia

Lusa
31 de julho de 2021

Presidente angolano apelou à união de esforços entre todos os países africanos para melhor explorarem os mecanismos de acesso às vacinas contra o novo coronavírus, e que "injustamente não estão" ao seu alcance.

João Lourenço, Angola Präsident
O Presidente de Angola, João Lourenço.Foto: Getty Images/M. Spatari

"O nosso continente só poderá vencer a pandemia da Covid-19 se houver a união de esforços entre todos os países africanos, no sentido de melhor explorarmos os mecanismos de acesso às vacinas que injustamente não estão ao nosso alcance", disse João Lourenço durante uma cerimónia realizada na sexta-feira (30.07), na República da Guiné-Conacri, onde foi condecorado com Grã-Cruz da Ordem Nacional da República da Guiné.

João Lourenço é o segundo cidadão angolano a ser prestigiado com a Grã-Cruz da Ordem Nacional da Guiné, depois de António Agostinho Neto no ano de 1973.

O Presidente de Angola termina hoje uma visita de dois dias à República da Guiné-Conacri, a convite do seu homólogo guineense, Alpha Conde.

Mais 43 mil novas infeções e 802 mortos associados à Covid-19 foram registados nas últimas 24 horas em África, onde a pandemia contabiliza 6.678.949 casos e 169.280 óbitos desde o início da pandemia, segundo os dados oficiais mais recentes.Foto: Sally Hayden/Sopa/Zuma/picture alliance

"Maior crise sanitária do século"

Segundo João Lourenço, o mundo tem-se deparado com a maior crise sanitária dos últimos 100 anos, que tem colocado à prova os sistemas de saúde, bem como as economias, devido a rápida propagação da Covid-19, e às restrições que são obrigados a aplicar, para reduzir ao máximo possível os danos.

Na sua intervenção apelou ainda à liberalização das patentes das vacinas contra o novo coronavírus, permitindo, com isso, o aumento da sua produção, a redução de preços e a consequente diminuição das desigualdades no acesso às vacinas, por parte dos países menos desenvolvidos como os países africanos que considera estarem a ser tratados de forma desigual.

João Lourenço fez também referência à situação de segurança em África nos últimos tempos que "não tem evoluído tão positivamente quanto seria desejável" apesar de algumas iniciativas desenvolvidas no sentido de inverter esta tendência.

"Realço, nesta perspetiva, outros factos importantes como a realização de eleições de forma pacífica em alguns pontos do nosso continente com historial de conflitos pós-eleitorais, facto que reforça a esperança e a ideia de que a África despertou para a necessidade da construção da estabilidade e da segurança como fatores incontornáveis para assegurar a concretização dos nossos grandes objetivos de redução da pobreza, e de construção do bem-estar e prosperidade dos nossos povos", frisou.

Conflitos armados

O Presidente angolano destacou assim a importância de um trabalho continuo e de forma unida e conjugada, no sentido de construir um continente livre de conflitos armados, de destruição e deslocações forçadas das suas populações.

João Lourenço defende que é fundamental a adoção de formas de governação "cada vez mais participativas, inclusivas e genuinamente africanas, de modo a contribuir para a promoção de uma cultura africana de paz, de justiça e de respeito pelos princípios dos direitos humanos".

Na agenda da visita de João Lourenço, que termina hoje, consta um encontro "em privado" com o chefe de Estado da República da Guiné-Conacri, Alpha Condé, bem como reuniões a nível ministerial.

Os serviços de imprensa da Presidência angolana precisaram que João Lourenço está acompanhado nesta deslocação pelos ministros angolanos que tutelam as pastas dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e da Defesa e Veteranos da Pátria, representantes estes que irão trabalhar "com uma delegação ministerial guineense para o reforço da cooperação bilateral" nestas áreas.

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