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Moçambique: Joaquim Chissano defende emprego como prioridade

Lusa
15 de janeiro de 2020

Ex-Presidente moçambicano Joaquim Chissano defende que a prioridade de Filipe Nyusi no novo ciclo governativo deve ser a promoção do emprego. E Armando Guebuza aponta o "desenvolvimento económico com paz".

Antigo Presidente moçambicano, Joaquim ChissanoFoto: Getty Images/AFP/B. Tarabey

"Emprego é uma questão de desenvolvimento, não é algo que se compre na loja, faz-se conforme o desenvolvimento", disse Joaquim Chissano, em declarações aos jornalistas, à margem da cerimónia de investidura do Presidente Filipe Nyusi, esta quarta-feira (15.01).

Chissano, que chefiou o Estado moçambicano entre 1986 e 2015, assinalou a necessidade de formação profissional dos jovens, de modo a estarem aptos para o mercado de trabalho e autoemprego.

"Temos de ensinar a juventude a inovar e inventar, incluindo inventar o que fazer para a sua vida e seus amigos", acrescentou.

A agricultura, prosseguiu, é uma área com um grande potencial para o emprego de jovens e o país tem feito investimentos para capitalizar o setor.

"O Presidente da República empenhou-se em renovar vários regadios, estradas e pontes, expandir energia e criar bancos. É preciso que utilizem isso", defendeu.

Província de Cabo Delgado é alvo de ataques desde 2017Foto: DW/A. Chissale

Cooperação internacional

O antigo Presidente moçambicano defendeu ainda a cooperação internacional no combate aos grupos armados que protagonizam uma onda de violência na província de Cabo Delgado, norte do país.

"No Norte, a outras soluções possíveis, acrescentamos a necessidade de cooperação internacional com os nossos vizinhos", declarou Joaquim Chissano, falando aos jornalistas à margem da cerimónia de tomada de posse de Filipe Nyusi, para um segundo mandato de cinco anos na Presidência da República.

Face à violência armada em Cabo Delgado, o povo moçambicano deve estar unido para reforçar o combate à insurreição naquela região. "É todos estarmos unidos, sem cores partidárias, todos unidos para encontrar formas de acabar com os conflitos", acrescentou.

Ex-chefe de Estado moçambicano, Armando GuebuzaFoto: picture-alliance/dpa

Guebuza: "Desenvolvimento económico com paz"

O antigo Presidente moçambicano Armando Guebuza apontou a consolidação da paz e a promoção do desenvolvimento como objetivos importantes para o país, assinalando a falta de liberdade de circulação no país, devido à insegurança.

"Que este seja um momento [de tomada de posse de Filipe Nyusi] que vai garantir que efetivamente os grandes desejos do povo se alcancem: a paz em todo o país e maior unidade nacional, que haja paz e desenvolvimento", insistiu Armando Guebuza, em declarações aos jornalistas, à margem da investidura de Filipe Nyusi para mais um mandato de cinco anos na chefia do Estado moçambicano.

O antigo chefe de Estado lamentou que, apesar dos esforços que estão a ser feitos, Moçambique ainda não tenha alcançado a paz plena. 

"O que está no manifesto eleitoral [de Filipe Nyusi] é o desenvolvimento económico com paz", disse Armando Guebuza, Presidente da República entre 2005 e 2015.

Guebuza defendeu ainda a promoção da liberdade de expressão para que o povo possa manifestar a sua posição sobre o rumo que o país deve seguir.

"Que reforcemos a nossa unidade e utilizemos a liberdade de expressão que temos e que os moçambicanos possam saber o que pensam um do outro e nessa base contribuir para o seu desenvolvimento", afirmou Armando Guebuza.

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