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ConflitosEstados Unidos

Joe Biden visita cidade polaca na fronteira ucraniana

DW (Deutsche Welle) | Lusa
25 de março de 2022

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, inicia hoje uma visita de dois dias à Polónia. O país que faz fronteira com a Ucrânia é o primeiro destino para a maioria dos milhões de ucranianos que fogem da ofensiva russa.

Foto: Evan Vucci/AP/picture alliance

O Presidente dos Estados Unidos visita Rzeszów, perto da fronteira com a Ucrânia, para mostrar a determinação do Ocidente face à invasão russa, e será recebido pelo seu homólogo polaco, Andrzej Duda.

Nesse encontro, será informado sobre a resposta humanitária dada ao crescente número de refugiados ucranianos que tem chegado à fronteira, de acordo com a agenda divulgada pela Casa Branca.

Rzeszów, com uma população de cerca de 200 mil habitantes, é a principal cidade do sudeste da Polónia e fica apenas a uma hora de carro da fronteira ucraniana.

A Polónia, onde os EUA têm destacados milhares de militares ao abrigo dos compromissos da Aliança Atlântica, já acolheu 2.173.944 pessoas, ou seja, mais de metade de todos os refugiados que fugiram desde o início da invasão russa da Ucrânia.

Nos planos de Biden está também uma reunião com os membros da 82.ª Divisão Militar Aérea das Forças Armadas dos Estados Unidos, destacados para a área para reforçar o flanco oriental da NATO.

Antes de regressar a Washington, o Presidente norte-americano visita, no sábado (26.03), Varsóvia.

Maratona de cimeiras

O chefe de Estado norte-americano estará na Polónia um dia depois de ter participado em três cimeiras de líderes em Bruxelas: NATO, G7 (as sete maiores economias do mundo) e Conselho Europeu. Biden tornou-se no primeiro chefe de Estado norte-americano a marcar presença física num Conselho Europeu.

O uso de armas químicas ou biológicas na Ucrânia, a dependência energética, a posição da China face ao conflito e sanções à Rússia foram alguns dos temas que marcaram os encontros.

Presidente dos EUA participou quinta-feira no Conselho Europeu, em BruxelasFoto: Olivier Matthys/AP/picture alliance

No final da cimeira extraordinária da NATO, o secretário geral da aliança, Jens Stoltenberg, garantiu que os aliados vão "continuar a reforçar as zonas de fronteira” com apoio militar à Ucrânia.

Os chefes de Estado e de Governo da NATO deixaram um aviso à China aconselhando o país a abster-se de apoiar a Rússia.

A posição foi reforçada pelo Presidente americano, que reiterou que a China irá enfrentar consequências económicas caso ajude militarmente a Rússia. Biden tamvém voltou a deixar claro que os EUA responderão se a Rússia usar armas químicas.

Na quinta-feira (24.03), a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e Joe Biden comprometeram-se, numa declaração conjunta, a limitar a capacidade do regime russo em utilizar reservas internacionais, incluindo de ouro, para financiar a guerra na Ucrânia e comprometeram-se a avançar com 1,4 mil milhões de euros em ajuda humanitária para apoiar a população ucraniana.

Mais sanções contra Moscovo?

Ainda na quinta-feira, o presidente da Ucrânia pediu ao G7 para bloquear o Banco Central da Rússia e cortar o acesso russo ao serviço de GPS. Volodymyr Zelensky defendeu ainda a criação de um "grande grupo de forças da paz" e de uma organização a que chamou "U-24", em alusão à data em que a Rússia começou a invasão.

Por outro lado, os líderes mundiais mostraram-se determinados em atribuir mais sanções a Moscovo. O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que um bloqueio às importações de gás natural, carvão e petróleo não está previsto no pacote de sanções, mas reiterou que "as sanções funcionam e já se nota um forte impacto" a curto prazo. "Acordámos implementar novas sanções, se acharmos necessário", disse.

A Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução responsabilizando a Rússia pela crise humanitária na Ucrânia devido à guerra. Esta quinta-feira, pelo menos seis civis morreram e 15 ficaram feridos num bombardeamento russo em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia. Também nos arredores de Kiev o dia foi marcado por combates intensos.

Guerra na Ucrânia: Cresce receio de uso de armas químicas

07:11

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