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CulturaFrança

Jogos Olímpicos arrancam em Paris

cm | com agências
26 de julho de 2024

Parisienses estão satisfeitos por receber, pela terceira vez, os Jogos Olímpicos, mas há também críticas. Cerimónia de abertura do evento acontece esta sexta-feira e conta com uma operação de segurança sem precedentes.

Frankreich Paris | Olympische Spiele Sicherheit
Foto: Emmanuel Dunand/AFP/Getty Images

O rio Sena e monumentos emblemáticos da capital francesa - como a catedral de Notre-Dame e o museu do Louvre -  serão, esta sexta-feira (26.07), palco da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, a primeira realizada fora de um estádio.

O espetáculo de quase quatro horas, que terá início às 19:30 locais, contará com a participação de cerca de 7.000 atletas que irão desfilar em 85 barcos, num troço de seis quilómetros no Sena.

"Penso que aqueles que puderem assistir (à cerimónia de abertura) ficarão entusiasmados porque será magnífico. É mais prestigiante do que num estádio e penso que terá apresentações muito originais", diz, expectante, a parisiense Veronique Danguy.

Enquanto se ultimam os preparativos, e apesar das restrições, nas ruas de Paris olha-se com entusiasmo para o evento. Os moradores da capital francesa dizem-se satisfeitos.

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"É um bom evento e as pessoas vêem a França. Depois da Covid-19, é bom ter pessoas de todo o mundo a vir cá. E o bom é que não foram construídas tantas infraestruturas e estádios, porque nós temos muitos", diz Pablo, um parisiense.

Já Veronique Danguy gostava de poder ver mais. Segundo esta moradora da capital francesa, "os preparativos são bastante invisíveis".

"Nós, parisienses, temos de passar por uma ponte para os ver. É uma pena. Gostaríamos de ter visto um pouco mais, mas, de resto, parece que vai ser magnífico", conta.

Impacto ambiental

Na noite desta quinta-feira, cerca de 300 pessoas - incluindo ambientalistas -, reuniram-se na Praça da República, em Paris, para protestar contra os Jogos Olímpicos. Denunciaram o aumento do preço dos transportes públicos, o impacto ecológico, o tratamento dado aos sem-abrigo e o facto de Israel ter sido autorizado a participar.

Foram mobilizados para o evento cerca de 45.000 polícias e milhares de soldados e seguranças privados Foto: STEPHANIE LECOCQ/epa/dpa/pictrure alliance

Sylvie Friedel era uma das manifestantes. Diz estar "indignada com o desperdício de energia e dinheiro sob o pretexto dos Jogos Olímpicos, enquanto tudo o que foi comprometido com as alterações dos locais (olímpicos) poderia ter sido feito para o benefício do país", explica.

Segurança reforçada

Para a cerimónia de abertura foi preparada uma operação de segurança sem precedentes. O centro de Paris foi transformado numa fortaleza, com barreiras metálicas ao longo das duas margens do rio Sena, sistema anti-drone e atiradores estrategicamente localizados ao longo do percurso.

Segundo as autoridades, cerca de 45.000 polícias e milhares de soldados e seguranças privados serão mobilizados para garantir a segurança da cerimónia e dos eventos desportivos em toda a capital francesa.

"Vê-se polícia em todas as esquinas, sinto-me seguro", conta Pablo, que acrescenta: "claro que continuamos a ter ameaças de terrorismo, mas não se pode viver sempre com o terror".

Paris recebe, pela terceira vez, os Jogos Olímpicos. A cidade já tinha sido a anfitriã em 1900 e 1924.

Nesta edição, que vai até 11 de agosto, competem cerca de 10.500 atletas de mais de 200 países, espalhados em 32 modalidades.

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