José Mário Vaz não quer "problemas" no dias das eleições
Lusa
20 de janeiro de 2019
Comemora-se, este domingo (20.01), o dia dos heróis na Guiné-Bissau. À margem das celebrações desta data, o presidente guineense elogiou a "paz e tranquilidade" vigentes, atualmente, no país.
Publicidade
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, exortou aos cidadãos do país, este domingo (20.01), para que façam com que 10 de março, dia para o qual estão agendadas as eleições legislativas, seja dia do Carnaval e não de problemas.
José Mário Vaz, que depositava coroas de flores na campa de Amílcar Cabral e de outros "dos pais fundadores" da Nação guineense, no âmbito das celebrações oficiais de 20 de janeiro, dia dos heróis do país, afirmou: "Aproveitei para pedir aos pais fundadores que o dia 10 de março seja dia de Carnaval e não um dia de problemas".
As eleições legislativas vão ter lugar cinco dias após o Carnaval na Guiné-Bissau, que, este ano, decorre de 02 a 05 de março.
Elogios à atual geração de políticos
Na mesma ocasião, o Presidente guineense falou acerca da atual geração de políticos no país que está, na sua opinião, a dar continuidade aos trabalhos iniciados pelos fundadores da nação. No entanto, alertou, é importante que todos tenham a mesma noção das suas responsabilidades para com o país.
José Mário Vaz elogiou o clima de tranquilidade e de paz que disse existir na Guiné-Bissau, destacando as liberdades de expressão, de manifestação e de imprensa, elementos que, notou, ajudam a fortalecer a democracia no país.
"São poucos, os países que gozam desta paz e desta tranquilidade que temos neste momento", observou.
Nomeação do novo Ministro do Interior
José Mário Vaz pronunciou-se também acerca do novo ministro do Interior. Citado pela Rádio Jovem de Bissau, o Presidente guineense disse que: "Brevemente irão saber quem será o próximo ministro do Interior. Como sabem a Constituição é muito clara neste sentido. O Presidente República não pode nomear nenhum membro de governo sem proposta do primeiro-ministro e nessas condições estamos a trabalhar juntos para ver se teremos o ministro do Interior", explicou.
A Guiné-Bissau está sem ministro do Interior desde que José Mário Vaz exonerou Mutaro Djaló do cargo no dia 09 de novembro, na sequência de uma repressão violenta da polícia aos alunos que se manifestavam nas ruas de Bissau, exigindo o fim da greve dos professores.
Parque Natural do Rio Cacheu: Uma Guiné-Bissau desconhecida
No Parque dos Tarrafes de Cacheu esconde-se o melhor de uma Guiné-Bissau quase desconhecida. Pesca de camarão no Rio Chacheu chega a atingir 80% das licenças atribuídas, nomeadamente aos países da União Europeia.
Foto: DW/B. Darame
Três tipos de mangais
Impressiona a cobertura de mangal, tal como a vida que é levada no interior do parque de Cacheu, onde salta à vista o potencial para o ecoturismo. O parque protege a maior concentração contínua dos mangais na sub-região africana.
Foto: DW/B. Darame
Roteiro de ecoturismo
Ameaça chover no Parque Natural dos Tarrafes de Cacheu. Este local faz parte do roteiro de ecoturismo. A pesca artesanal praticada pelos povos locais, desprovidos de quaisquer meios de seguranca, é o que sustenta a riqueza da zona.
Foto: DW/B. Darame
Desfrutar da pesca
No primeiro dia após a abertura do repouso biológico do rio Cacheu, os pescadores puderam verificar que os peixes aumentaram em quantidade e tamanho.
Foto: DW/B. Darame
Pesca em família
Pai e filho durante uma sessão de pesca no interior do Parque Natural dos Tarrafes do Rio Cacheu. A pesca artesanal e de subsistência é a alavanca de várias famílias ao redor das cidades de Cacheu, São Domingos e Farim.
Foto: DW/B. Darame
Efeitos da exploração abusiva
A erosão costeira é uma das ameaças devido ao corte do mangal e da agricultura itinerante ao nível do interior do parque. A pressão sobre os recursos é notória tendo como base o aumento demográfico.
Foto: DW/B. Darame
Práticas ecológicas
A conciliação da exploração dos recursos e práticas ecológicas tendo em vista a perenidade dos recursos é apontada como o caminho para a sustentabilidade das comunidades residentes no Parque Natural dos Terrafes de Cacheu. Os habitantes fazem o cultivo de arroz à mão - uma produção ainda mecânica.
Foto: DW/B. Darame
Cultivo de Arroz
O cultivo e a colheita do arroz, a base da dieta alimentar dos guineenses, é uma atividade feita na época das chuvas que visa garantir o autosuficiência alimentar dos povos de campo. É uma atividade que envolve homens, mulheres e crianças no interior da Guiné-Bissau.
Foto: DW/B. Darame
Produção de carvão
As alternativas à produção energética para o consumo doméstico é um dos desafios da conservação na Guiné-Bissau. Troncos árvores são colocados numa espécie de forno para a sua transformação em carvão. O produto é usado essencialmente na cozinha.
Foto: DW/B. Darame
Casas improvisadas
A existência de santuários no interior do parque é um dos valores simbólicos mais importantes que a cultura desempenha na conservação do espaço natural e na ligação entre a população local e o parque.
Foto: DW/B. Darame
Diversão dos jovens no porto
Saltos e mergulhos são as atividades de lazer prediletas dos jovens no Porto de Cacheu ao fim da tarde. Um processo quase que de socialização obrigatória.