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Juventude da FRELIMO apoia novo mandato de Nyusi como líder

Lusa
27 de maio de 2022

A juventude da FRELIMO diz que apoiará "de forma incondicional" Filipe Nyusi para um inédito terceiro mandato à frente do partido no poder em Moçambique.

Líder da FRELIMO, Filipe Nyusi
Foto: DW

"Nós reafirmamos o nosso compromisso saído do segundo congresso da OJM para apoiar de forma incondicional o camarada Filipe Jacinto Nyusi para mais cinco anos na liderança da nossa gloriosa FRELIMO", referiu Silva Livone, presidente da Organização da Juventude Moçambicana (OJM) durante a sessão de abertura da reunião do comité central da FRELIMO.

Segundo Livone, Filipe Nyusi ficaria na liderança da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) durante um período de 15 anos, ou seja, iria além do seu segundo mandato como Presidente da República - uma pretensão que o partido negou ao seu antecessor Armando Guebuza, que quis continuar líder da FRELIMO, depois de ter deixado a chefia do Estado em 2015.

A Organização da Mulher Moçambicana (OMM) e a Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional (ACLLIN), organizações influentes na FRELIMO, assim como o próprio Filipe Nyusi, discursaram depois e não fizeram qualquer referência ao tema. 

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Nyusi pediu no seu discurso "atos genuínos de unidade e coesão" aos membros do partido no poder, visando fortalecer a capacidade de a organização enfrentar os desafios atuais. 

"Atos genuínos que visam a consolidação da unidade e a coesão devem continuar a servir de grande arma para as novas batalhas que hoje travamos, que não são necessariamente iguais às batalhas do passado", disse Nyusi.

Perante o órgão máximo do partido no poder, no intervalo entre os congressos, Filipe Nyusi citou um provérbio africano: "Quando teias de arranha se unem, elas podem amarrar um leão".

Agente de "mudança" num novo ciclo

O presidente da FRELIMO sublinhou que a sessão do comité central que arrancou esta sexta-feira (27.05) deve ser uma oportunidade para o partido ficar mais fortalecido e assumir-se como "a força da mudança". 

"Esperamos uma sessão produtiva, num ambiente de muita abertura e camaradagem. Que saiam orientações claras que nos conduzam ao reforço da nossa união e da nossa coesão", enfatizou. 

Os apelos constantes de Filipe Nyusi à unidade e coesão na FRELIMO são feitos num contexto em que vários analisas referem a existência de alas que poderão protagonizar tensões internas à medida em que o país se aproxima de um novo ciclo eleitoral.

O novo ciclo começa com as eleições autárquicas de 2023 e termina com as gerais (incluindo presidenciais e legislativas) em 2024. 

Filipe Nyusi defendeu o "rejuvenescimento" das organizações sociais da FRELIMO, assinalando que a falta de renovação pode levar ao "atrofiamento e colapso de uma organização".

A sessão do comité central vai ainda avaliar o grau de preparação do 12.º congresso da FRELIMO, agendando para setembro. 

Na reunião magna de setembro, serão eleitos um novo comité central e uma nova comissão política, órgãos que serão importantes no processo de eleição do candidato do partido às eleições presidenciais de 2024.

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