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ConflitosSudão

Líder da União Africana a caminho do Sudão para cessar-fogo

Lusa
16 de abril de 2023

O presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, irá "imediatamente" ao Sudão "para envolver as partes num cessar-fogo", anunciou este domingo (16.04) a organização pan-africana.

Foto: AFP

Expressando a sua "profunda preocupação" sobre a situação, a UA exortou as forças dos dois generais no comando do Sudão a "protegerem os civis", segundo um comunicado divulgado após uma reunião de urgência do Conselho de Paz e Segurança desta organização internacional, que decorreu na tarde deste domingo, segundo dia de confrontos violentos no país.

O órgão responsável por acompanhar as questões de conflito e segurança na UA solicitou ao presidente da Comissão da UA "que continue a usar os seus bons ofícios para se envolver com as partes em conflito, a fim de facilitar o diálogo e a resolução pacífica" da situação, e saudou "o seu compromisso de visitar imediatamente o Sudão para envolver as partes num cessar-fogo".

Ainda não foi divulgado qualquer detalhe adicional sobre esta missão.

Fumaça no céu de Cartum no segundo dia de confrontos violentos no SudãoFoto: AFP

A UA também instou as partes em conflito a "adotarem rapidamente uma solução pacífica e um diálogo inclusivo para resolverem as suas diferenças", e "rejeitou firmemente qualquer interferência externa que possa complicar a situação".

Corredor humanitário

Pelo segundo dia consecutivo, os combates continuaram hoje a colocar o exército sudanês contra o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), devido a uma disputa de poder entre os dois generais no comando do Sudão desde o golpe de 2021 - Abdel-Fattah Burhan, comandante das Forças Armadas, e Mohammed Hamdan Dagalo, líder da força paramilitar.

Os confrontos mataram pelo menos 61 civis em 24 horas e três trabalhadores humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo uma rede de médicos do Sudão.

O exército e os paramilitares das RSF anunciaram hoje "corredores humanitários", durante um período de três horas, para retirar os feridos, mantendo de ambos os lados um "direito de resposta em caso de violação" do acordo.

A cessação temporária das hostilidades "por razões humanitárias" entrou em vigor às 16:00 locais e terminará às 19:00 de deste domingo.

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