1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Líderes do G20 querem mais atores no Conselho de Segurança

af | Lusa | EFE | Reuters | AP
19 de novembro de 2024

As 20 maiores economias do mundo pediram esta segunda-feira, no Rio de Janeiro, a ampliação do Conselho de Segurança da ONU para melhorar representação de regiões e grupos sub-representados como África e América Latina.

Lula da Silva presidiu à abertura da Cimeira do G20 no Rio de Janeiro
Cimeira do G20 termina esta terça-feira no Rio de Janeiro Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance

O secretário-geral da ONU, António Guterres, considera que não é apenas o Conselho de Segurança das Nações Unidas que precisa ser adequado aos desafios do momento.

"As ameaças que enfrentamos hoje são interconectadas e internacionais. Mas as instituições globais de resolução de conflitos precisam de uma atualização. Os países do G20 - por definição - têm um enorme poder económico. Eles têm uma enorme influência diplomática. Devem usá-la para resolver os principais problemas globais", defendeu esta segunda-feira (18.11), na cimeira do G20 no Rio de Janeiro, Brasil.

Os líderes do G20 comprometeram-se a realizar uma "reforma transformadora" para tornar o órgão "mais representativo, inclusivo, eficiente, eficaz, democrático e responsável" e permitir uma "melhor distribuição das responsabilidades de todos os seus membros", face aos desafios de seguranca global.

Cessar-fogo em Gaza

Na segunda-feira (18.11), um grupo de manifestantes saiu às ruas do Rio de Janeiro para exigir um cessar-fogo na faixa de Gaza. "Pedimos um cessar-fogo imediato para cumprir as decisões do tribunal internacional que já condenou Israel pelo primeiro infanticídio da história", disse Keliana Neves Gonçalves, uma das manifestantes.

O secretário-geral da ONU também reforçou os apelos à paz no mundo. "Temos de nos empenhar pela paz. Paz em Gaza - com um cessar-fogo imediato. Paz no Líbano. Paz na Ucrânia - seguindo a Carta da ONU e o direito internacional. Paz no Sudão - através de líderes que pressionem as partes em conflito para acabar com a terrível violência desencadeada contra os civis", declarou António Guterres.

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, acolheu o chanceler alemão, Olaf Scholz, e a sua esposa Britta Ernst na cimeira do G20, a decorrer no Rio de JaneiroFoto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance

O G20 manifestou "profunda preocupação com a catastrófica situação humanitária na Faixa de Gaza e a escalada no Líbano" e defendeu "a necessidade urgente de aumentar o fluxo de ajuda humanitária e fortalecer a proteção de civis".

O Presidente norte-americano, Joe Biden, que participa da sua última cimeira do G20, como líder americano, garantiu o apoio dos EUA na ajuda humanitária na Faixa de Gaza. "Vamos continuar pressionando para acelerar um acordo de cessar-fogo que garanta a segurança de Israel, traga os reféns de volta para casa e acabe com o sofrimento do povo e das crianças palestinas", prometeu.

Guerra na Ucrânia

Sobre a Ucrânia, em conflito desde 2022, os líderes do grupo destacaram "o sofrimento humano e as repercussões negativas da guerra sobre a segurança alimentar e energética global".

O Presidente Francês, Emmanuel Macron, defendeu mais apoio à Ucrânia: "É nosso dever é ajudar a Ucrânia a resistir. Trata-se de uma guerra de resistência. Para proteger seu território. Acredito que é uma decisão totalmente correta."

Em nenhum momento a Rússia é mencionada explicitamente no item sobre o conflito, na declaração emitida pelo G20.

No entanto, o grupo diz ter acolhido "todas as iniciativas relevantes e construtivas que apoiam uma paz abrangente, justa e duradoura”.

A "lista de desejos" de Zelensky

05:24

This browser does not support the video element.

Baixas perspectivas de crescimento

Por outro lado, os líderes do G20 estão preocupados com as baixas perspectivas de crescimento económico global.

De acordo com o último relatório "Perspectivas Económicas Mundiais" do Fundo Monetário Internacional (FMI), o crescimento global cairá de 3,3% em 2023 para 3,2% em 2024 e 2025, com uma leve desaceleração nos EUA e na China.

O FMI admite que os riscos atuais, como os conflitos globais e o aumento do protecionismo, ainda podem reduzir suas previsões para baixo. 

A instituição também advertiu que essa incerteza se refletirá num crescimento global fraco no médio prazo, que deverá se limitar a 3,1%, uma taxa abaixo da média histórica de 3,8%.

"Continuaremos os nossos esforços para reduzir as disparidades de crescimento entre os países através de reformas estruturais", prometeu o G20.

À lupa: África no Conselho de Segurança da ONU

02:48

This browser does not support the video element.

 

Saltar a secção Mais sobre este tema