Líderes europeus tentam manter acordo nuclear com Irão
Bernd Riegert | nn | Gustav Hofer
16 de maio de 2018
Ministro do Negócios Estrangeiros do Irão em périplo diplomático para discutir continuidade de acordo nuclear. Homólogo alemão diz que acordo traz segurança e estabilidade.
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Desde que o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a saída dos Estados Unidos da América do acordo nuclear, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Javad Zarif, iniciou uma verdadeira maratona diplomática. Na terça-feira (15.05), por exemplo, esteve em Bruxelas, depois de nos últimos dias ter passado por Moscovo e Pequim.
Na bagagem, tem a difícil tarefa de encontrar terreno comum com os outros cinco signatários do acordo nuclear - a Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha. O objetivo é manter o pacto vivo.
Na segunda-feira (14.05), em Bruxelas, a líder da política externa da União Europeia, Federica Mogherini, afirmou que os esforços diplomáticos das partes envolvidas podem conduzir a "soluções práticas" nas próximas semanas.
Mogherini considerou que a reunião foi "positiva" e que foi possível encontrar consenso em relação a algumas das medidas a pôr em prática.
"Reafirmámos, em conjunto, a nossa determinação em continuar a implementar o acordo nuclear em todas as suas partes, de boa fé e num ambiente construtivo, e concordámos em continuar a debater a todos os níveis com todos os signatários do acordo nuclear iraniano", comentou a chefe da diplomacia europeia.
Irão pede garantias
Teerão quer garantias dos signatários de que o acordo nuclear manter-se-á em vigência, mesmo sem os EUA e pede uma resposta em 60 dias. O Irão exige compensações financeiras assim que as sanções norte-americanas entrarem em vigor.
O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, defende que é necessário que o Irão receba "incentivos" para permanecer no acordo, pelos resultados que este acordo traz.
Líderes europeus tentam manter acordo nuclear com Irão
"É claro que este acordo proporciona segurança à Europa. Sem este acordo, haverá mais insegurança e incerteza sobre os desenvolvimentos no Irão e no Médio Oriente, e é isso que nós queremos evitar", explicou Maas.
Os EUA querem punir empresas e Estados que continuem a cooperar com o Irão. O ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, já anunciou que França vai criar um mecanismo de proteção para as suas empresas. A Comissão Europeia pretende introduzir medidas similares.
O acordo nuclear celebrado em 2015 tem como objetivo impedir o Irão de desenvolver armas nucleares. Em troca, foram levantadas sanções económicas contra aquele país.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Javad Zarif, quer garantias de que os restantes signatários, sem os EUA, conseguem cumprir o pacto.
"Acredito que este é um bom começo, ainda não estamos lá, mas começámos o processo e precisamos de receber as garantias que nos foram dadas. Vamos ver como podemos, da melhor forma, avançar nesse sentido".
Donald Trump: Populista, empreendedor, Presidente
Donald Trump é empreendedor imobiliário e estrela de televisão. Muitos não o levavam a sério. Mas ele venceu as eleições e, a partir de 20 de janeiro de 2017, será o 45º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA).
Foto: picture-alliance/dpa/K. Lemm
A família, o seu império
Trump com a sua família: a esposa, Melania (de branco), as filhas Ivanka e Tiffany, os filhos Eric e Donald Junior, e os netos Kai e Donald Junior 3º. Os filhos são "vice-presidentes seniores" do conglomerado Trump.
Foto: picture-alliance/dpa
Frederick Junior, o pai
Donald Trump herdou o dinheiro para os seus investimentos do pai, Frederick, que lhe deu um capital inicial de um milhão de dólares. Após a sua morte, em 1999, Donald e os seus três irmãos herdaram uma fortuna de 400 milhões de dólares.
Foto: imago/ZUMA Press
Capitão Trump
Quando tinha 13 anos, o seu pai enviou Trump para um internato militar em Cornwall-on-Hudson, onde deveria aprender a ser disciplinado. No último ano, ele obteve inclusive uma patente militar. Ele diz que, ali, recebeu mais treinamento militar do que nas Forças Armadas americanas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/
"Very good, very smart"
"Muito bom, muito inteligente", é o que Trump diz de si mesmo. E acrescenta que cursou a escola de elite Wharton (foto), da Universidade de Pensilvânia, na Filadélfia, onde se formou em 1968. É uma das oito universidades integrantes da Ivy League, as universidades mais prestigiadas dos EUA. Mesmo assim, sabe-se pouco sobre o percurso de Trump na faculdade.
Foto: picture-alliance/AP Photo/B.J. Harpaz
Dispensado da Guerra do Vietname
Devido a um problema no calcanhar, Trump foi dispensado e não lutou na Guerra do Vietname. Na guerra, morreram cerca de 58 mil soldados dos Estados Unidos e aproximadamente três a quatro milhões de vietnamitas dos dois lados, além de outros dois milhões de cambojanos e laocianos.
Foto: picture-alliance/AP Photo
Ivana, a primeira esposa
Em 1977, Trump casou-se com a modelo tcheca Ivana Zelníčková, com quem teve três filhos. O relacionamento foi acompanhado de rumores sobre relacionamentos extraconjugais. Foi Ivana quem apelidou Trump de "The Donald".
Foto: Getty Images/AFP/Swerzey
Anos 80: Abertura do Harrah's at Trump Plaza
Esta foto, tirada em 1984, marca a abertura do Harrah's at Trump Plaza, um complexo envolvendo hotel, restaurante e casino em Atlantic City (Nova Jérsia). Este foi um dos primeiros investimentos que tornaram Trump bilionário.
Foto: picture-alliance/AP Images/M. Lederhandler
Família número 2
Em 1990, Trump divorciou-se de Ivana e casou-se com Marla, 17 anos mais jovem que ele. A filha do casal se chama Tiffany.
Foto: picture alliance/AP Photo/J. Minchillo
As meninas de Trump
Em público, Trump não aparece só ao lado de sua esposa. Ele costuma acompanhar concursos de beleza ao lado de jovens modelos. De 1996 a 2015, ele foi o responsável pelo concurso de Miss Universo ("Miss Universe") nos EUA.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Lemm
Livro muito lido e vendido
Como fazer milhões de forma rápida? O best-seller de Trump "A arte da negociação" é um exemplo. O livro é em parte autobiográfico, em parte um livro de dicas para empresários ambiciosos. A publicação não foi somente uma das mais vendidas nos EUA, como também colocou Trump no centro das atenções no país.
Foto: Getty Images/AFP/M. Schwalm
O nome é a marca
Trump investe de forma agressiva, mas também sofre fracassos. Numa perspectiva de longo prazo, no entanto, obtém sucesso, como por exemplo com a Trump Tower em Nova York. Ele calcula a sua fortuna hoje em 10 bilhões de dólares. Especialistas, entretanto, consideram um terço desse valor mais realista. Portanto, cerca de 3 bilhões de dólares.
Foto: Getty Images/D. Angerer
"The Donald" no ringue
Como poucos, Trump consegue chamar a atenção dos mídia. Seu campo de ação inclui até um ringue de luta livre. No seu programa de TV "O Aprendiz" ("The Apprentice"), os candidatos eram contratados ou demitidos. A primeira edição foi ao ar durante o ano de 2004 na cadeia televisiva NBC. A frase favorita de Trump no programa era "Você está demitido!"
Foto: Getty Images/B. Pugliano
Ascenção rápida de Trump na política
Em 16 de junho de 2015, Trump anunciou a candidatura para a corrida presidencial pelo Partido Republicano. O seu slogan foi: "Faça a América grande outra vez" ("Make America great again"). A campanha foi feita ao lado da família e com slogans contra imigrantes, muçulmanos, mulheres e adversários políticos. Investiu muito nos mídia sociais como o Twitter onde tem 13,8 milhões de seguidores.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Lane
45º presidente dos Estados Unidos da América
A partir do dia 20 de janeiro de 2017, o populista e showman será o novo Presidente dos Estados Unidos. No início da campanha, poucos pensavam que poderia vencer as eleições do dia 8 de novembro de 2016 contra a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton. Mas a história de Donald J. Trump também mostra que este homem tem a capacidade de se transformar como um camaleão.