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Lavrov acusa Ocidente de imitar Hitler

com agências
3 de outubro de 2022

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, acusou o Ocidente de imitar Hitler, ao usar a Ucrânia como "instrumento de guerra" contra a Rússia, como a Alemanha fez contra a URSS na Segunda Guerra Mundial.

Ägypten | Außenminister Sergey Lavrov in Kairo
Foto: Russian Foreign Ministry/dpa/TASS/picture alliance

"Até hoje, os Estados Unidos subordinaram praticamente todo o Ocidente, mobilizando-o para transformar a Ucrânia num instrumento de guerra contra a Rússia, assim como [o líder da Alemanha nazi, Adolf] Hitler armou a maioria dos países europeus para atacar a União Soviética", disse Lavrov no Parlamento russo, antes da ratificação dos tratados de anexação de quatro regiões ucranianas.

Lavrov acusou os EUA de hipocrisia por denunciar que a Rússia lançou uma "agressão não provocada contra a Ucrânia", lembrando que Washington também usou argumentos inventados para invadir o Haiti ou a República Dominicana, ocupar o Panamá e iniciar guerras no Vietname, Iraque e Líbia.

"As resoluções da Assembleia Geral da ONU, que condenam essas e outras ações agressivas dos EUA, os americanos simplesmente ignoraram-nas. Entraram-lhes por um ouvido e saíram pelo outro", denunciou o chefe da diplomacia russa.

Lavrov disse ainda que, ao contrário dos EUA e da NATO, que bombardearam a Jugoslávia, destruíram o Iraque e trouxeram o caos à Líbia, Moscovo não reage "a ameaças feitas em países distantes".

Lavrov acusa Ocidente de imitar Hitler ao fornecer armas a Kiev

"Defendemos as nossas fronteiras, a nossa pátria, todo o nosso povo de um autêntico genocídio organizado pelos descendentes e seguidores dos seguidores de nazis que agora servem aos seus senhores do outro lado do oceano", disse Lavrov, referindo-se a Kiev.

Lavrov falava perante a Duma, câmara baixa do parlamento russo, que ratificou hoje os tratados de anexação das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e das regiões de Kherson e Zaporijia, todas em território ucraniano, assinados na sexta-feira pelo Presidente Vladimir Putin.

República Checa exorta os seus cidadãos a saírem da Rússia

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Checa instou os cidadãos checos que vivem na Rússia a abandonarem o país devido ao sentimento de insegurança causado pelo risco crescente associado à mobilização militar decretada pelo Presidente russo.

"Atualizámos a informação de que os checos que também têm cidadania russa estão expostos à possibilidade de mobilização. O Gabinete de representação da República Checa em Moscovo não pode fornecer-lhes total proteção consular", disse em comunicado.

Face à crescente "ameaça de deterioração da segurança" em território russo, o Governo checo tem alertado a população para não viajar para a Rússia e alertou para os motins e manifestações contra a mobilização militar.

A mobilização, que abrange 300.000 mil reservistas, levou dezenas de milhares de russos a fugir para países vizinhosFoto: Alexander Zemlianichenko/AP/picture alliance

"Se já está no país e decide ficar apesar do aviso, tenha extrema cautela durante a sua estadia, siga os meios de comunicação de confiança e tenha um plano de saída de emergência", advertiram as autoridades checas.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros lembrou que, devido às relações "tensas" entre ambos os países, "as atividades das representações checas na Rússia podem ser restringidas e, portanto, os cidadãos apenas terão acesso limitado aos seus serviços".

"Devido às sanções em curso contra a Rússia, os cartões de pagamento internacionais emitidos na República Checa não estão a funcionar neste momento. Para quaisquer viagens necessárias à Rússia, recomendamos que tenha dinheiro suficiente", informou ainda.

Em caso de querer deixar o país, o Governo checo esclareceu que as ligações aéreas podem ser interrompidas devido à guerra na Ucrânia, embora exista a possibilidade de comprar bilhetes da Rússia para países como a Arménia, o Azerbaijão, o Egito, o Cazaquistão, os Emirados Árabes Unidos, a Sérvia, a Turquia e outros países não europeus.

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