Senegal: Coligação de Macky Sall reivindica vitória
1 de agosto de 2022"Ganhamos 30 departamentos" dos 46 do país da África Ocidental e dos círculos eleitorais ultramarinos, disse Aminata Touré, chefe da coligação presidencial, aos repórteres na noite de domingo (31.07), após a votação.
"Isto dá-nos, sem dúvida, uma maioria na Assembleia Nacional", afirmou Touré, sem avançar o número de lugares ganhos pela sua coligação ou se foi uma maioria absoluta ou relativa.
Touré reconheceu, no entanto, que a sua coligação tinha sido derrotada na capital Dakar na votação de domingo.
Em declarações à imprensa, o chefe de Estado Macky Sall enalteceu a "liberdade e transparência" durante o sufrágio.
"Esta é a essência de uma democracia que se preze, de permitir aos cidadãos escolher seus representantes sem impedimentos e respeitar os resultados das urnas. Independentemente da minha escolha individual, há tudo o que devemos preservar como uma nação unida e solidária: paz, segurança, estabilidade, a integridade territorial do nosso país e a coesão nacional. Estes requisitos estão acima de tudo e de todos", disse.
Oposição rejeita vitória da coligação do Presidente
A oposição senegalesa foi rápida na rejeição das reivindicações de Touré. Barthelemy Dias, líder da principal coligação da oposição liderada pelo antigo candidato presidencial Ousmane Sonko, falou de "mentiras vulgares" e de uma "maioria pré-fabricada" na rádio privada RFM.
"A coabitação é inevitável. [A coligação do Presidente] perdeu estas eleições a nível nacional. Não aceitaremos [este resultado provisório]. Este abuso não passará", disse Dias, que é também o presidente da Câmara de Dakar.
A oposição tinha esperanças de que as eleições impusessem uma coabitação, ou um Governo dividido, a Sall e refreassem quaisquer ambições que ele pudesse ter para um terceiro mandato.
A votaçãovde domingo foram um teste importante para Sall após as eleições locais de março, tendo a oposição ganho nas principais cidades, incluindo Dakar, Ziguinchor, no sul, e Thies, no oeste.
A única volta de votação decidirá os 165 assentos do Parlamento unicameral - atualmente controlado pelos apoiantes do Presidente - para os próximos cinco anos.
Sall prometeu nomear um primeiro-ministro - um cargo que aboliu e depois restaurou em dezembro de 2021 – da coligação vencedora.