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TerrorismoNigéria

Libertadas centenas de estudantes raptadas na Nigéria

DW (Deutsche Welle) | Lusa
2 de março de 2021

Foram hoje libertadas as 279 alunas raptadas na sexta-feira (26.02) numa escola em Jangebe, no noroeste da Nigéria, encontrando-se agora em instalações do Governo do Estado de Zamfara, anunciou o governador.

Especialistas em segurança foram enviados para a escola após o rapto em massaFoto: Afolabi Sotunde/REUTERS

"Fico feliz por poder anunciar que as jovens foram libertadas", disse o governador do Estado de Zamfara, Bello Matawalle, em declarações à agência de notícias AFP, garantindo que as adolescentes "estão de boa saúde".

"O número total de jovens raptadas da escola é de 279 e estão todas connosco", acrescentou o governador. Inicialmente, as autoridades disseram que havia 317 jovens sequestradasda Escola Secundária de Ciências do Governo na cidade de Jangebe, no estado de Zamfara.

Este foi o quarto ataque a escolas em menos de três meses no nordeste da Nigéria, onde grupos criminosos levam a cabo raptos para obterem resgates.

As autoridades de Zamfara negoceiam há mais de um ano acordos de amnistia com os criminosos, em troca da deposição de armas, de acordo com a AFP.

Em dezembro, foram os responsáveis deste estado que negociaram a libertação de 344 alunos raptados numa escola em Kankara, no estado vizinho de Katsina, cuja autoria foi reclamada pelo grupo extremista islâmico Boko Haram, que até então se limitava a atacar o noroeste do país, embora as autoridades os culpassem.

Em dezembro de 2020, 344 alunos foram raptados pelo Boko Haram numa escola em KankaraFoto: Sunday Alamba/picture-alliance/AP

Menores não devem "sofrer consequências dos conflitos"

Na semana passada, o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente os raptos, apelando à "libertação imediata e incondicional" dos estudantes. Também calssificou os ataques às escolas uma grave violação dos direitos humanos.

A União Europeia (UE) também pediu a pedido a libertação "imediata e incondicional" de todos os reféns, incluindo os alunos de Kankara, salientando que os menores não devem "sofrer as consequências dos conflitos".

O Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrel, sublinhou que os ataques na Nigéria causam medo e prejudica os mais vulneráveis, as crianças e as mulheres. "O desaparecimento de alunos e os ataques contra as escolas converteram-se na marca registada dos bandidos, grupos criminais e grupos armados não estatais que operam na região", afirmou o ex-ministro.

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