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CriminalidadeGuiné-Bissau

Bissau: Liga dos Direitos Humanos denuncia "onda de raptos"

Lusa
8 de fevereiro de 2022

A Liga Guineense dos Direitos Humanos exige ao Ministério do Interior a "cessação imediata das detenções arbitrárias" e a "observância da legalidade" nas investigações ao ataque ao Palácio do Governo a 1 de fevereiro.

Ministry of the Interior Innenministerium Guinea-Bissau
Foto: DW/B. Darame

A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) denunciou esta segunda-feira (07.02) estar em curso uma "onda de raptos em Bissau" e exigiu ao Ministério do Interior a "cessação imediata das detenções arbitrárias".

"Está em curso onda de raptos em Bissau", refere, em comunicado divulgado na rede social Facebook, a organização não-governamental de defesa dos direitos humanos.

A LGDH denuncia que dois cidadãos "foram vítimas de rapto ao início da noite de hoje [segunda-feira] por um grupo de homens armados" e que estão detidos na segunda esquadra, em Bissau.

Investigações em curso

"A detenção fora de flagrante delito só deve ocorrer mediante mandado de detenção, pelo que, a LGDH exige do Ministério Público, quem coordena a comissão de investigações ao motim de 1 de fevereiro, a observância escrupulosa do princípio da legalidade e a transferência do inquérito policial para a Polícia Judiciária", pode ler-se no comunicado.

A organização não-governamental de defesa dos direitos humanos exige também ao Ministério do Interior que cesse imediatamente a "prática de atos ilegais restritivos de direitos e liberdades e garantias dos cidadãos".

Homens armados atacaram na terça-feira o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam. O Presidente considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a "gente relacionada com o tráfico de droga".

O porta-voz do Governo adiantou no sábado que o ataque foi feito por militares, paramilitares e que estarão envolvidos elementos dos rebeldes de Casamança, bem como "personalidades". O Estado-Maior General das Forças Armadas guineense iniciou, entretanto, uma operação para recolha de mais indícios sobre o ataque.

"Suspeitos de narcotráfico" por trás da tentativa de golpe

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