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Guiné-Bissau: Lista definitiva exclui DSP das presidenciais

DW (Deutsche Welle) | Lusa
17 de outubro de 2025

O Supremo Tribunal de Justiça guineense não incluiu Domingos Simões Pereira na lista definitiva de candidatos às presidenciais e rejeitou a candidatura da API Cabas Garandi. Principais opositores estão fora do pleito.

Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC)
Domingos Simões Pereira pede a atenção da comunidade nacional e internacional para a situação no paísFoto: DW

Supremo Tribunal de Justiça(STJ) divulgou hoje a lista definitiva de candidatos à presidência da República na Guiné-Bissau

Além de não ter apreciado a candidatura da API "Cabas Garandi" às eleições, também rejeitou as candidaturas de Domingos Simões Pereira (DSP) e da Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka,  liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

É a primeira vez na história da Guiné-Bissau que o partido histórico que lutou contra o colonialismo é excluído de uma corrida eleitoral no país.

DSP pede atenção da comunidade nacional e internacional

"É preciso a comunidade nacional e internacional compreenderem que a democracia está em risco na Guiné-Bissau", afirmou Domingos Simões Pereira, no final de um encontro das coligações excluídas das eleições gerais, legislativas e presidenciais de 23 de novembro.

O encontro foi o segundo no espaço de poucos dias que juntou o líder do PAIGCcom Fernando Dias, rosto do Partido de Renovação Social (PRS) e da Aliança Patriótica Inclusiva (API) "Cabas Garandi".

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As duas coligações rejeitadas reafirmaram hoje que estão a trabalhar em conjunto e a estender o convite a outras entidades políticas que partilhem da preocupação de "salvar os pressupostos da democracia e restaurar as liberdades fundamentais dentro do país".

Condenam a decisão judicial e defendem que "as eleições que foram convocadas para 23 de novembro devem acontecer num quadro de inclusividade".
 

Marcha pacífica cancelada

Simões Pereira justificou que cancelou uma marcha pacífica que tinha convocado para quinta-feira (16.10) até ao Supremo Tribunal "para melhor preparar e com mais envolvimento" essa manifestação.

DSP continua a reclamar "igualdade de tratamento" por parte do tribunal e reiterou que aguarda resposta formal aos recursos e requerimentos apresentados ao tribunal depois de conhecida a decisão da não aceitação da inscrição das candidaturas.

Fernando Dias pediu calma ao povo guineense e disse que ainda acredita que o tribunal acabará por rever a posição.  "Excluir a PAI ou a API significa excluir 70% do povo da Guiné-Bissau de participar no processo eleitoral", enfatizou.

O STJ aceitou 12 candidaturas às eleições presidenciais e das três coligações que requereram a inscrição para as legislativas apenas foi aceite a Plataforma Republicana que suporta a candidatura do atual Presidente a um segundo mandato.

Entre os nomes na lista estão o atual chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, o ex-Presidente José Mário Vaz, o antigo primeiro-ministro Baciro Djá, o ex-vice-presidente do Parlamento Fernando Dias e João Bernardo Vieira, dissidente do PAIGC.

O movimento cívico "Pô de Terra" contestou também, hoje, a decisão judicial, anunciando a convocação de uma manifestação nacional para 1 de novembro.

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