Nos últimos dez anos, o Cairo desenvolveu uma cena literária muito forte. Jovens escritores começaram a escrever sobre a sua cidade. Uma cidade que eles amam e odeiam ao mesmo tempo.

Relatam os lados negros, os brancos, mas também os cinzentos. Contam que o governo não corresponde às expectativas de muitos cidadãos, não se interessa pelo país e foge dos problemas. Descrevem a infra-estrutura que quase funciona – ou um tratamento de lixo que nunca funciona. O Cairo é um ataque permanente ao olfato.

Também há as muitas pessoas que vivem em barracas de chapa de aço, sem acesso à água. E isso, no país do rio Nilo, o mais longo do mundo.

Belal Fadl acredita que a literatura pode revelar problemas. Diz acreditar que os escritores têm uma voz importante.

Uma reportagem de Hebatallah Ismail, apresentada por Renate Krieger.