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Médicos cubanos ajudam Angola a combater coronavírus

Lusa | ms
24 de março de 2020

Angola vai contar com médicos cubanos de várias especialidades para mitigar impacto da epidemia. Os três pacientes identificados até agora são angolanos que regressaram na semana passada de Portugal.

Cuba médico
Um médico cubano em Havana, Cuba (foto simbólica)Foto: STR/AFP/Getty Images

Angola vai contar com médicos cubanos de várias especialidades para "mitigar o impacto da epidemia" da doença Covid-19, anunciou segunda-feira (23.03) a ministra da Saúde, Silvia Lutucuta.

"No âmbito da cooperação internacional, o Governo está a fazer um trabalho diplomático muito grande com outros países já afetados", disse a ministra, numa conferência de imprensa, em Luanda, adiantando que têm sido realizadas videoconferências com a China, "com profissionais que trabalharam e estão a trabalhar" no combate à pandemia, com o Brasil e outros países.

Com Cuba, a interação vai ser mais direta e Angola já está a trabalhar com as missões diplomáticas cubanas nesse sentido. "Vamos mandar vir médicos   das especialidades mais importantes", incluindo cuidados intensivos e pneumologia, saúde pública, virologia e infeciologia, referiu a ministra.

O objetivo é que possam dar apoio "na parte assistencial, na área de saúde pública mais preventiva e na busca ativa e controlo da epidemia".

Medidas "de salvação da pátria"

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02:23

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Sílvia Lutucuta frisou que estão a ser mobilizados vários setores para implementar as medidas que considerou "de salvação da pátria".

"Além da saúde, temos os militares e a polícia, estamos a trabalhar com o setor privado e as instituições com fins não lucrativos e igrejas", realçou a governante.

Angola anunciou um novo caso confirmado de infeção pelo novo coronavírus, elevando para três o número de doentes.Todos os casos são relativos a passageiros angolanos que chegaram na semana passada em voos provenientes de Portugal.

Depois de surgir na China, em dezembro, o novo coronavírus já infetou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram. O continente africano registou mais de 50 mortes, ultrapassando os 1.700 casos em 45 países e territórios, segundo as estatísticas mais recentes.