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PolíticaTerritório Ocupado da Palestina

Médio Oriente: Hamas anuncia morte do líder em Teerão

Lusa
31 de julho de 2024

O grupo islamita Hamas anunciou hoje a morte do líder, Ismail Haniyeh, num ataque, que atribuiu a Israel, em Teerão, onde se encontrava em visita oficial.

Ismail HaniyehFoto: Hassan Ammar/AP Photo/picture alliance

O Hamas declarou esta quarta-feira que o seu líder político, Ismail Haniyeh, foi morto num ataque israelita no Irão, onde assistia à tomada de posse do novo Presidente do país.

"Irmão, líder, mujahid Ismail Haniyeh, chefe do movimento, morreu num ataque sionista contra o seu quartel-general em Teerão, depois de ter participado na tomada de posse do novo presidente (iraniano)", declarou o movimento em comunicado.

Os Guardas Revolucionários do Irão também anunciaram a morte, afirmando que a residência de Haniyeh em Teerão foi "atingida" e que ele foi morto juntamente com um guarda-costas.

"A residência de Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerão e, na sequência deste incidente, ele e um dos seus guarda-costas foram martirizados", refere um comunicado do sítio Sepah do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica.

Haniyeh tinha-se deslocado a Teerão para assistir à cerimónia de tomada de posse do Presidente iraniano Masoud Pezeshkian, na terça-feira (30.07).

O exército israelita não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a notícia da morte de Haniyeh.

Hamas diz que o seu líder foi morto em ataque israelita no IrãoFoto: Vahid Salemi/AP Photo/picture alliance

O primeiro-ministro israelita, Benyamin Netanyahu, prometeu destruir o Hamas e trazer de volta todos os reféns capturados durante o ataque de 7 de outubro, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.

O ataque lançado pelo Hamas contra o sul de Israel causou a morte de 1.197 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas.

Os militantes também capturaram 251 reféns, 111 dos quais ainda se encontram em cativeiro em Gaza, incluindo 39 que o exército diz estarem mortos.

Haniyeh foi eleito chefe do gabinete político do Hamas em 2017 para suceder a Khaled Meshaal, mas já era uma figura bem conhecida, tendo-se tornado primeiro-ministro palestiniano em 2006, na sequência de uma vitória surpreendente do Hamas nas eleições parlamentares desse ano.

Considerado um pragmático, Haniyeh viveu no exílio e divide o seu tempo entre a Turquia e o Qatar.

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Durante a guerra, participou em missões diplomáticas no Irão e na Turquia, tendo-se encontrado com os presidentes turco e iraniano. Diz-se que Haniyeh mantém boas relações com os chefes das várias facções palestinianas, incluindo os rivais do Hamas.

Juntou-se ao Hamas em 1987, quando o grupo militante foi fundado no decurso da primeira intifada palestiniana, ou revolta, contra a ocupação israelita, que durou até 1993.

A campanha militar de retaliação de Israel em Gaza matou pelo menos 39 400 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde do território dirigido pelo Hamas, que não fornece pormenores sobre as mortes de civis e militantes.

O Irão tem feito do apoio à causa palestiniana um elemento central da sua política externa desde a revolução islâmica de 1979.

Saudou o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, mas negou qualquer envolvimento.

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