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Mais de 1,7 milhões já fugiram da Ucrânia

Lusa | DPA
7 de março de 2022

No entanto, e "se os bombardeamentos continuarem", Europa poderá receber cinco milhões de refugiados, alerta Josep Borrell. Chanceler alemão opõe-se a medidas que visem o gás russo.

Mayorsk CheckPoint
Foto: picture-alliance/Maxppp/S. Souici

Os mais recentes dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) dão conta que 1.735.068 pessoas já deixaram a Ucrânia, desde o início da invasão russa,a 24 de fevereiro.

A Polónia abriga o maior número de refugiados desde o início da invasão russa à Ucrânia. No total, 1.027.603 ucranianos foram acolhidos no país, o que representa 59,2% do total, segundo o ACNUR.

No domingo (06.03), foi registado um novo recorde de chegadas, com 142.300 pessoas a atravessar a fronteira com a Polónia.

Também em declarações, esta segunda-feira (07,03), o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, alertou para a possibilidade de chegarem à Europa cinco milhões de refugiados ucranianos.

"Se os bombardeamentos continuarem assim, se continuarem a ser bombardeadas cidades indiscriminadamente, podemos esperar cinco milhões de exilados, de pessoas que tentam escapar à guerra", disse Borrell, comparando a situação da Ucrânia com a do Afeganistão.

Refugiados angolanos na Polónia alegam ajuda insuficiente

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"Vamos deparar-nos com um problema grave nas nossas fronteiras a leste", referiu, apelando à mobilização "de todos os recursos europeus para ajudar os países que vão receber este fluxo", nomeadamente os Estados-membros que têm fronteiras com a Ucrânia.

Encontro na Turquia

Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco anunciou que os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e da Ucrânia aceitaram reunir-se na Turquia, esta quinta-feira (10.03).

"Ambos queriam que eu estivesse presente na reunião e ambos me disseram que viriam", afirmou Mevlüt Çavusoglu.

O encontro entre Sergei Lavrov e Dmytro Kuleba vai decorrer à margem do fórum diplomático de Antalya, que se realiza no fim de semana naquela cidade do sul da Turquia, na costa do Mediterrâneo.

Segundo agências noticiosas russas e bielorrussas, a terceira ronda de conversações entre os responsáveis dos dois lados da guerra começou, esta segunda-feira, em Belovezhskaya Pushcha, um parque nacional na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia.

Alemanha recusa sanções energéticas

O Presidente dos EUA, Joe Biden, o presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, voltam a debater, esta segunda-feira, a situação na Ucrânia.

Olaf ScholzFoto: Clemens Bilan/AP/picture alliance

Após vários pacotes de sanções coordenadas contra as finanças e a economia russas, o Ocidente pondera um eventual boicote à importação de hidrocarbonetos da Rússia, a principal fonte de rendimento do regime do Presidente Vladimir Putin.

No entanto, esta é uma medida que Olaf Scholz já recusou. Em comunicado, o chanceler alemão admitiu, esta segunda-feira, que as importações de energia russas são "essenciais" para abastecer a Europa e que, por agora, o abastecimento do continente não pode ser garantido de outra forma.

O receio de um eventual embargo ocidental ao petróleo russo fez com que os preços do petróleo disparassem novamente, hoje. 

Scholz recorda que a Europa "deliberadamente" excluiu o fornecimento de energia oriunda da Rússia dos primeiros pacotes de sanções contra Moscovo, sabendo que essa medida iria desestabilizar os mercados e ter um forte impacto na economia europeia.

Scholz também disse que a Alemanha e a UE estaão a trabalhar em alternativas, mas que este é um trabalho que não pode ser feito de um dia para o outro.

Os Estados Unidos compram poucos hidrocarbonetos russos, o mesmo não acontece com os países europeus, que estão muito dependentes do gás da Rússia, especialmente a Alemanha.

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