Mais de 600 mortos em inundações na Nigéria
17 de outubro de 2022Pelo menos, 603 pessoas nas piores inundações na história recente no país, anunciou Sadiya Umar Farouq, ministra nigeriano para os Assuntos Humanitários.
Cerca de 82.000 casas e 110.000 hectares de terras agrícolas ficaram submersas e destruídas, acrescentou Farouq.
O Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, encomendou 12.000 toneladas de produtos alimentares da reserva estratégica da Nigéria para as comunidades afetadas pelas inundações, na semana passada.
A devastação ocorre numa altura em que a Nigéria já enfrenta uma insegurança alimentar acrescida devido aos altos preços dos produtos alimentares, em parte devido à guerra na Ucrânia.
Número de mortos aumenta
Segundo o Presidente nigeriano, só na região de Bayelsa, no sul do país, cerca de 700.000 pessoas foram obrigadas a deixar as suas casas.
O Ministério dos Assuntos Humanitários da Nigéria informou, na semana passada, que cerca de 1,4 milhões de pessoas tinham sido deslocadas.
Buhari revelou ainda que as cheias afetaram 33 dos 36 estados da Nigéria, e que todas as agências federais que lidam com o salvamento e gestão de catástrofes foram instadas a reforçar os seus esforços.
A ministra Sadiya Umar Farouq atribuiu parte da culpa pelo elevado número de mortos aos governos estatais, que, segundo a própria, não se prepararam de forma adequada para as cheias.
As Nações Unidas afirmaram que os efeitos das alterações climáticas são dramáticos na Nigéria e que o país está em risco de inundações frequentes e intensas. Em 2012, os rios galgaram as margens e submergiram vastas extensões de terra em 30 estados, matando mais de 400 pessoas e deslocando 1,3 milhões de cidadãos.
Segundo as Nações Unidas, em 2019, mais de 200.000 pessoas foram afetadas por inundações e 158 perderam a vida.