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ConflitosSudão

Mais de cem mortos em protestos contra golpe no Sudão

Lusa
2 de julho de 2022

Morte de um civil hoje (2.7) aumentou para 114 o número de manifestantes mortos em protestos contra o golpe militar de outubro no Sudão. Várias estradas na capital do país estão cortadas para impedir os manifestantes.

Sudan Protest in Khartoum
Foto: Mahmoud Hjaj/AA/picture alliance

A vítima mais recente da violência que tem marcado os protestos no Sudão faleceu num hospital de Cartum, onde recebia tratamento após ter sido atingida por uma bomba de gás lacrimogéneo nos protestos de 16 de junho, explicou o Comité dos Médicos de Sudão.

A mesma fonte publicou, na quinta-feira, um relatório com a contagem final de vítimas das marchas e protestos, confirmando a morte de nove civis e outros 629 feridos, no dia mais sangrento desde o golpe de 25 de outubro.

"Vários ferimentos foram causados por tiros, disparos dispersos, e ferimentos ligeiros como resultado de ataques diretos com bombas de gás lacrimogéneo e golpes com bastões", acrescentou.

A oposição sudanesa convocou hoje (02.07) novas marchas em Cartum e centenas de pessoas reuniram-se no sul da capital, enquanto as forças de segurança fecharam os acessos ao Palácio Presidencial e ao quartel-general do Comando das Forças Armadas.

Na sexta-feira, a polícia sudanesa admitiu que uma das suas tropas disparou contra os manifestantes durante as marchas de quinta-feira e garantiu que vai abrir uma investigação, embora não tenha confirmado o número de vítimas registadas nesse dia de protestos.

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