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Mais Integridade: RENAMO venceu em Maputo e Matola

Lusa
22 de outubro de 2023

O consórcio que observou a votação nas autárquicas de 11 de outubro diz que a RENAMO venceu as eleições na capital moçambicana e na cidade da Matola, embora os resultados preliminares oficiais indiquem o contrário.

Foto: Amós Fernando/DW

Segundo a coligação de organizações não-governamentais moçambicanas, cópias dos editais da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) mostram que o principal partido de oposição em Moçambique "está a ganhar na Matola com 59% dos votos contra 34% da FRELIMO, uma margem de 80.000 votos".

"A vitória da RENAMO acontece apesar de uma fraude significativa por parte dos membros das mesas de voto da FRELIMO, que retiraram pelo menos 7.000 votos à RENAMO", refere o Mais Integridade, que acusa o partido no poder de ter tentado "manipular" o processo de várias formas, com destaque para um "esquema" em que os votos dos partidos da oposição são tornados nulos.  

O edital do apuramento intermédio distrital refere que a lista da FRELIMO venceu na Matola com 207.269 votos (57,23%), seguida das listas da RENAMO, com 130.963 votos (36,08%), e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), com 13.204 votos (3,65%).

Boletim de voto das eleições autárquicasFoto: Alfredo Zuniga/AFP

Discrepância também em Maputo

Segundo as organizações da sociedade civil, que também se basearam cópias de editais da principal força de oposição em Moçambique, a RENAMO também venceu a FRELIMO na cidade de Maputo, a capital, por mais de 65.000 votos, com uma afluência às urnas de 57%.

"Os resultados das 833 mesas de voto [da capital] para os principais partidos são: Movimento Democrático de Moçambique (MDM) 23,760 (7%), RENAMO 198,207 (55%), e FRELIMO 132,850 (37%)", referem as organizações.

De acordo com o edital de apuramento intermédio apresentado pelos órgãos eleitorais, na capital moçambicana, a lista da FRELIMO liderada por Razaque Manhique, recolheu 235.406 votos (58,78%), a da RENAMO, liderada por Venâncio Mondlane, 134.511 votos (33,59%) e a do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), de Augusto Mbazo, 24.365 votos (6,8%).

Apesar dos números, em Maputo, alguns tribunais distritais já anularam o escrutínio, alegando várias irregularidades, com destaque para falsificação de editais.

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