O Presidente Keita nomeou para o cargo Soumeylou Boubeye Maiga, este sábado (30.12) - um dia após o antecessor e seu Governo terem renunciado. Novo primeiro-ministro tem 72 horas para formar seu Governo.
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Um decreto presidencial, divulgado este sábado(30.12), informa que o Presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, nomeou o ex-ministro da Defesa, Soumeylou Boubeye Maiga, para substituir Abdoulaye Idrissa Maiga, que juntamente com seu Governo, renunciou inesperadamente e sem explicar os motivos, na passada sexta-feira (29.12).
O novo primeiro-ministro tem 72 horas para formar o seu Governo, que deve começar a trabalhar rapidamente diante de importantes desafios de segurança e à frente das eleições presidenciais de 2018.
Boubeye Maiga é o quinto primeiro-ministro do Presidente Keita, em quase quatro anos. Ele foi também ministro do Exterior e chefe dos Serviços de Inteligência do país.
Boubeye Maiga é considerado próximo a Keita, apesar de ter se demitido como ministro da Defesa, em 2014 - depois que o Exército maliano sofreu uma série de reveses contra os grupos rebeldes tuaregues na região norte do país.
Alguns observadores acreditam que a renúncia de Abdoulaye Idrissa Maiga aconteceu em um momento em que o Presidente pretende formar um Governo de Unidade Nacional.
Há também especulações de que ele vá gerenciar a campanha para a reeleição do Presidente ou que concorra no lugar de Keita.
Segurança, um problema antigo
O norte do Mali ainda é palco de inquietação, quase seis anos depois que uma operação militar liderada pelo franceses expulsou extremistas islamistas ligados à Al-Qaeda de uma região onde estes assumiram o controle, no início de 2012.
O Exército do Mali, os soldados franceses e a missão de paz da ONU (MINUSMA) ainda têm pouco controle sobre grandes extensões do país, que regularmente são atacadas - apesar de acordos de paz terem sido assinados com líderes tuaregues, em maio e junho de 2015, com o objetivo de isolar os jihadistas.
A propagação dos conflitos neste ano levou a força do G5 Sahel – formada pelo Mali, Chade, Burkina Faso, Níger e Mauritânia - a intensificar os esforços de paz, com o apoio francês.
Estado Islâmico destrói Património Mundial
Palmira foi em tempos uma cidade próspera no meio do deserto. Mas a ira dos extremistas do Estado Islâmico deixou-a em ruínas. Outros patrimónios da humanidade tiveram um destino parecido: por exemplo Tombuctu, no Mali.
Foto: picture-alliance/dpa/V. Sharifulin
Antes e depois dos radicais
Resta pouco da antiga cidade-oásis de Palmira, Património da Humanidade: as termas, as avenidas de colunas e os templos majestosos foram destruídos. Em 2015, os extremistas do Estado Islâmico deitaram abaixo o templo de Baal. O fotógrafo libanês Joseph Eid mostra uma fotografia de 2014 em frente às ruínas - as imagens de Eid estão em exposição no Museu Kestner, em Hanover, no norte da Alemanha.
Foto: Getty Images/AFP/J. Eid
Destroços por todo o lado
Outras zonas de Palmira também foram destruídas pelos radicais do Estado Islâmico, que saquearam a cidade. Estas fotografias foram tiradas em março de 2016. Por enquanto, ainda não se fala em reconstruir Palmira.
Foto: picture-alliance/dpa/V. Sharifulin
Militares protegem Palmira
As tropas governamentais sírias reconquistaram Palmira. E, diariamente, desde março de 2017, militares patrulham as ruínas da cidade contra novos ataques dos radicais do Estado Islâmico. A imagem mostra os destroços do antigo Arco do Triunfo, que foi destruído quase por completo.
Foto: REUTERS/O. Sanadiki
Tombuctu, no Mali
Estes minaretes de argila, típicos do Mali, foram destruídos pelos extremistas do Estado Islâmico em 2012. Entretanto, foram reconstruídos à imagem dos antigos edifícios históricos. O Tribunal Penal Internacional, em Haia, instaurou um processo contra um extremista devido à destruição do Património Mundial.
Foto: picture-alliance/dpa/E.Schneider
Mar Elian, na Síria
O antigo mosteiro de Mar Elian, construído por cristãos a sudeste da cidade de Homs, foi em tempos um edifício magnífico, reconhecido pela UNESCO como Património da Humanidade. Mas militantes do Estado Islâmico também destruíram o mosteiro.
Foto: picture-alliance/dpa/Islamischer Staat
Destruição e propaganda
Não é possível verificar integralmente a autenticidade desta cena. Esta é uma imagem retirada de um vídeo propagandístico do Estado Islâmico, que mostra alegadamente os muros do mosteiro de Mar Elian a serem destruídos por bulldozers. Entretanto, militares sírios reconquistaram a cidade de al-Qaryatain e o mosteiro deverá ser reconstruído.
Foto: picture-alliance/dpa
Hatra, no Iraque
No início de 2015, extremistas do Estado Islâmico também destruíram algumas zonas da antiga cidade de Hatra, ex-capital do primeiro reino árabe - a fotografia mostra a cidade antes do ataque. Também foram destruídas estátuas milenares da época dos assírios em Mosul, no norte do Iraque, e na antiga cidade de Nínive. A cidade histórica de Nimrud terá sido demolida com bulldozers.
Foto: picture-alliance/N. Tondini/Robert Harding
Bamiyan-Tal, destruída pelos talibãs
Em 2001, os talibãs, do Afeganistão, destruíram estátuas do Buda de Bamiyan, que foram esculpidas em arenito vermelho no século VI. Só ficaram as covas onde elas estavam. Agora, as estátuas de 50 metros estão a ser reconstruídas com impressoras 3D.