Há poucos meses das presidenciais, o primeiro-ministro do Mali e seu Governo demitiram-se, esta sexta-feira (29.12), sem anunciar o motivo. O Presidente disse, em comunicado, ter aceite as demissões.
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As autoridades malianas não apresentaram nenhuma razão para Abdoulaye Idrissa Maiga, que ocupava o cargo de primeiro-ministro do país desde abril, demitir-se sete meses antes de o Presidente Ibrahim Boubacar Keita concorrer à reeleição.
Maiga "apresentou ao Presidente a sua demissão, bem como a dos restantes membros do seu Governo", informou em nota a Presidência, dizendo que Keita "aceitou" a decisão.
A declaração presidencial acrescentou ainda que Maiga agradeceu ao Presidente pela "oportunidade de servir o Mali".
Keita também agradeceu ao primeiro-ministro por "sua lealdade" e disse que um novo primeiro-ministro e Governo serão anunciados em breve.
Maiga, um engenheiro proveniente da cidade de Gao, no norte do Mali, é também vice-presidente do partido no poder União para o Mali (RPM, na sigla em francês), que Ibrahim Boubacar Keita fundou.
Ele foi o diretor da campanha de Keita durante a corrida presidencial, em 2013, e ministro da Defesa. Seu Governo foi o quarto desde a eleição do atual Presidente, em 2013.
Alguns observadores acreditam que a renúncia acontece num momento em que o chefe de Estado pretende formar um Governo de unidade nacional.
Insegurança persiste
Além das dificuldades socioeconómicas, o Mali sofre uma grave instabilidade no âmbito da segurança, que começou com o golpe de Estado em 2012, quando grupos tuaregues rebeldes, junto a organizações jihadistas, tomaram o controle do norte do país durante dez meses.
Os jihadistas foram teoricamente expulsos em janeiro de 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas extensas áreas do país, sobretudo do norte e centro, escaparam do controle estatal, ensejo que foi aproveitado pelos grupos terroristas.
O Mali planeia realizar eleições presidenciais em julho de 2018.
Estado Islâmico destrói Património Mundial
Palmira foi em tempos uma cidade próspera no meio do deserto. Mas a ira dos extremistas do Estado Islâmico deixou-a em ruínas. Outros patrimónios da humanidade tiveram um destino parecido: por exemplo Tombuctu, no Mali.
Foto: picture-alliance/dpa/V. Sharifulin
Antes e depois dos radicais
Resta pouco da antiga cidade-oásis de Palmira, Património da Humanidade: as termas, as avenidas de colunas e os templos majestosos foram destruídos. Em 2015, os extremistas do Estado Islâmico deitaram abaixo o templo de Baal. O fotógrafo libanês Joseph Eid mostra uma fotografia de 2014 em frente às ruínas - as imagens de Eid estão em exposição no Museu Kestner, em Hanover, no norte da Alemanha.
Foto: Getty Images/AFP/J. Eid
Destroços por todo o lado
Outras zonas de Palmira também foram destruídas pelos radicais do Estado Islâmico, que saquearam a cidade. Estas fotografias foram tiradas em março de 2016. Por enquanto, ainda não se fala em reconstruir Palmira.
Foto: picture-alliance/dpa/V. Sharifulin
Militares protegem Palmira
As tropas governamentais sírias reconquistaram Palmira. E, diariamente, desde março de 2017, militares patrulham as ruínas da cidade contra novos ataques dos radicais do Estado Islâmico. A imagem mostra os destroços do antigo Arco do Triunfo, que foi destruído quase por completo.
Foto: REUTERS/O. Sanadiki
Tombuctu, no Mali
Estes minaretes de argila, típicos do Mali, foram destruídos pelos extremistas do Estado Islâmico em 2012. Entretanto, foram reconstruídos à imagem dos antigos edifícios históricos. O Tribunal Penal Internacional, em Haia, instaurou um processo contra um extremista devido à destruição do Património Mundial.
Foto: picture-alliance/dpa/E.Schneider
Mar Elian, na Síria
O antigo mosteiro de Mar Elian, construído por cristãos a sudeste da cidade de Homs, foi em tempos um edifício magnífico, reconhecido pela UNESCO como Património da Humanidade. Mas militantes do Estado Islâmico também destruíram o mosteiro.
Foto: picture-alliance/dpa/Islamischer Staat
Destruição e propaganda
Não é possível verificar integralmente a autenticidade desta cena. Esta é uma imagem retirada de um vídeo propagandístico do Estado Islâmico, que mostra alegadamente os muros do mosteiro de Mar Elian a serem destruídos por bulldozers. Entretanto, militares sírios reconquistaram a cidade de al-Qaryatain e o mosteiro deverá ser reconstruído.
Foto: picture-alliance/dpa
Hatra, no Iraque
No início de 2015, extremistas do Estado Islâmico também destruíram algumas zonas da antiga cidade de Hatra, ex-capital do primeiro reino árabe - a fotografia mostra a cidade antes do ataque. Também foram destruídas estátuas milenares da época dos assírios em Mosul, no norte do Iraque, e na antiga cidade de Nínive. A cidade histórica de Nimrud terá sido demolida com bulldozers.
Foto: picture-alliance/N. Tondini/Robert Harding
Bamiyan-Tal, destruída pelos talibãs
Em 2001, os talibãs, do Afeganistão, destruíram estátuas do Buda de Bamiyan, que foram esculpidas em arenito vermelho no século VI. Só ficaram as covas onde elas estavam. Agora, as estátuas de 50 metros estão a ser reconstruídas com impressoras 3D.