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"Maningue Vólei" em Moçambique

Romeu da Silva (Maputo)16 de abril de 2013

O voleibol está a tornar-se cada vez mais popular entre os jovens moçambicanos. No entanto, faltam infra-estruturas. Para resolver isso, o país está a beneficiar deste projecto de reabilitação dos campos de voleibol.

"Maningue Vólei" em Moçambique
"Maningue Vólei" em MoçambiqueFoto: picture alliance/dpa

Há “Maningue Vólei” em Moçambique, mas não há infra-estruturas nem dinheiro para a prática de voleibol. Itai Cardoso é treinador de vólei em Maputo e queixa-se do estado da modalidade. "O nosso voleibol ainda não está muito à frente", explica, considerando que a modalidade estagnou, a nível nacional. Para que avance, como pretendem os praticantes, recentemente um gestor português lançou em Moçambique o projecto “Maningue Vólei”.

Numa primeira fase, trata-se de reabilitar os campos para a prática desta modalidade nas escolas de Maputo. Um projecto, aos olhos de Itai Cardoso, que pode impulsionar o vólei. O treinador afirma que "a massificação deste projeto no voleibol tem muito a ver com aquilo que é a exigência de quem está à frente do projecto".

"Se eles apenas mencionarem o projecto e puserem esses dólares no bolso, ele nunca vai para a frente", alerta.

Voleibol está "órfão" de apoios

Há, de facto, muitos praticantes desta modalidade na cidade de Maputo. É comum ver jovens de ambos os sexos nas ruas e pátios de estabelecimentos de ensino a jogarem vólei. Alguns jovens, mesmo sem experiência nenhuma, tentam dar o seu contributo para que a modalidade cresça, pelo menos nos seus bairros.

"Ensinaram-me a fazer aqueles movimentos, o que me ajudou muito", diz uma das jovens, contando à DW África como se iniciou na modalidade. Um outro aficcionado do vólei moçambicano prefere lembrar que "há sempre muitas dificuldades", sendo que é preciso "procurar apoio, por exemplo moral, em pessoas com mais experiência na área". No entanto, frisa que "não há apoio nenhum" à modalidade, concluindo que os jogadores de vólei do país estão "órfãos". Para outro jogador, o que faz falta são "ideias inovadoras".

Uma delas, o projecto “Maningue Vólei”, estabeleceu uma parceria com a Associação de Voleibol da Cidade de Maputo e quatro escolas da capital, que irão beneficiar do apoio financeiro.

Moçambique não consegue bons resultados em competições internacionais, mas há esperança de que o "Maningue Vólei" possa ajudar a conquistar medalhasFoto: picture-alliance/dpa

Treinar jogadores de futuras equipas

Para o presidente da agremiação, Khalid Cassamo, este projecto irá dar prioridade aos jovens nas escolas, locais considerados pontos de partida para massificar a modalidade. "A partir daí", explica, "veremos, daqui a alguns anos, essa massa associativa crescer". De acordo com Khalid Cassamo, quando os jogadores "forem juvenis e seniores", haverá "um maior número de equipas a competir nos escalões mais altos".

Acredita-se que Haverá “Maningue Voléi” porque a Federação Portuguesa da modalidade já está a apoiar Moçambique no desenvolvimento desta prática desportiva. Os apoios, segundo Cassamo, passam já por "algum material", sendo que, no futuro, incluíram ajuda "na parte técnica". "A partir daí vamos avançar nós. Queríamos também aproveitar este projecto para formar algumas pessoas que servirão de pontos da Federação nestas escolas-piloto e escolas-satélite das mesmas", afirma o presidente da agremiação.

Em competições internacionais, Moçambique não consegue ocupar lugares cimeiros e acredita-se que, com este e outros projectos, o país poderá conquistar medalhas.

"Maningue Vólei" em Moçambique

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